segunda-feira, 24 de maio de 2010

Como reconquistar os que se afastaram ?

Muito interessante o questionamento, fruto de um coração sincero preocupado com vidas! Realmente essa pergunta quase não é feita nas igrejas, e estava pensando no motivo de não pensarem nisso.
Recordo de um fato vivido por mim em meados de 1996, na igreja que eu freqüentava, tinha uns 800 membros, houve um escândalo financeiro e sexual relacionado ao pastor, houve divisão e por incrível que pareça a maioria seguiu o pastor e a igreja ficou com umas 20 pessoas e sem pastor. Veio um novo pastor e ele teve uma idéia. Pegou os arquivos de batismo antigos, e com os poucos que ficaram, analisaram nome por nome para saber quem estava “desviado”, para visitar essas pessoas, convidando-as que retornassem. Eu acompanhei algumas dessas visitas, fomos despreparados nessa missão. A idéia era encontrar a pessoa e simplesmente convidar a fazer uma visita, pra voltar pra Jesus... + não nos preocupamos em saber o motivo que elas tinham saído o que estava rolando dentro do coração delas. Enfim, um ou outro até apareceu + não permaneceu. As que nem deram as caras também não voltamos. Por fim a igreja foi crescendo novamente com novos convertidos, pessoas que de outras denominações e se esqueceram dos desviados. Afinal, é mais fácil agregar uma pessoa nova que ter de volta uma afastada. A ovelha perdida dá trabalho, está ferida.
Seguindo essa regra, na corrida contra o tempo de lotar os templos, seria perda de tempo ir atrás dessas pessoas, até porque tem um montão “fresquinha” chegando.
Devemos sim nos empenhar por essas vidas, + o grande engano é pensarmos que pelo fato de não estarem freqüentando uma denominação evangélica, estão fora do corpo de Cristo, e da igreja. Muitas estão vivendo uma vida de pecado, sim, mas nem todas. Quanto ao motivo da saída, não poucas vezes as histórias se repetem.
Por ter caído em algum pecado que se tornou publico, e por vergonha, ou após ser rejeitado, às vezes humilhado, quando deveria ter sido acolhido e tratado, afastou-se. Outros após algum desentendimento com líderes, (política) discordância doutrinária (ou costumes mesmo), conseqüência de algum escândalo, por ai vai.
Lembrando que nunca alguém pode discordar de alguma coisa, porque é considerado rebeldia, se levantar contra o ungido do Senhor...
Alguns mudam de denominação, passam por várias inclusive. Na inútil procura de encontrar um lugar para congregar onde se “sinta bem”. Esse se sentir bem acaba sendo sinônimo de discordar menos, ou um lugar que melhor se enquadre no seu perfil pessoal e preferências musicais, intelectuais, entre outras. Como um clube social de membros com as mesmas afinidades.
Mas se alguém acaba que depois de passar por varias denominações e não se encontrar em nenhuma, ouve a velha frase: “o problema está em você” “não existe igreja perfeita, porque o homem erra mesmo”. Não existe denominação perfeita, + a igreja de Cristo é e deve ser pura e sem manchas. A grande confusão é a definição de Igreja.
O evangelho de Cristo puro e simples não é uma religião. E nesse evangelho, com toda certeza como Jesus nunca abandonou suas ovelhas perdidas, nós como seus discípulos devemos amar e cuidar, mandamento.
Por fim, mais do que nunca, sermos igreja deve ser o nosso propósito, mais que irmos à “igreja”. Congregar sim, nos relacionarmos, doar nossas vidas e compreender o que resume tudo que Jesus ensinou: o amor.

Abraço

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