sexta-feira, 9 de outubro de 2009

A glória da segunda casa



Sinceramente, ultimamente falar com evangélico neo-pentecostal tem se tornado uma tarefa desgastante. Pior ainda aqueles que vem com jargões e palavras como restituição, restauração, dupla honra, ano de Davi, ano de Eva (Eva?). Ai voce pergunta o que Deus falou com o cidadão e ela vem com a historia que a gloria da segunda casa será maior que a primeira. Interesseiros a procura de vida boa!

Vamos lá, primeiro sobre a glória da segunda casa. “Dizendo: Ah! se tu conhecesses, ao menos neste dia, o que te poderia trazer a paz! mas agora isso está encoberto aos teus olhos. Porque dias virão sobre ti em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras, e te sitiarão, e te apertarão de todos os lados, e te derribarão, a ti e aos teus filhos que dentro de ti estiverem; e não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não conheceste o tempo da tua visitação” (Lucas 19:42 ao 44).

Do alto do monte das Oliveiras Jesus olhava sobre Jerusalém. Lindo e calmo era o cenário que diante d’Ele se apresentava. Era o tempo da Páscoa, e de todas as terras os filhos de Jacó haviam ali se reunido para juntos celebrarem a grande festa nacional. A filha de Sião parecia dizer em seu orgulho: “Estou assentada como rainha e não verei o pranto,” sendo ela tão formosa e então julgando-se tão segura a favor do Céu, como quando, séculos antes, o poeta real cantara: “De bela e alta situação, alegria de toda terra é o monte Sião aos lados do norte, a cidade do grande Rei” (Salmos 48:2). Bem à vista estavam os magníficos edifícios do templo. Os raios do sol iluminavam a brancura de suas paredes de mármore, e refletia no portal de ouro, na torre e no pináculo. Qual “perfeição de formosura,” levantava-se com orgulho a nação judaica. Que filho de Israel não poderia contemplar aquele cenário sem estremecer de alegria e admiração? Entretanto, pensamentos muito diferentes ocupavam a mente de Jesus. “Quando ia chegando, vendo a cidade, chorou sobre ela.” (Lucas 19:41). Ele, o prometido de Israel, o Filho de Deus, em cujo poder venceria a morte e do túmulo chamaria os cativos, estava em pranto não em consequência de uma mágoa comum, mas envolto em uma agonia intensa.

Suas lágrimas não eram por Si mesmo consciente do bem para onde Seus passos O levariam. Diante dele encontrava-se o Getêmani, cenário de sua próxima agonia a saber, a cruz onde levaria sobre si a culpa de toda uma humanidade perversa, pecaminosa e corrupta. Também à sua frente estava a porta das ovelhas onde durante séculos tinham sido conduzidos animais para o sacrifício no templo, e que Lhe deveria abria quando fosse “como um cordeiro” “levado ao matadouro”. Isaias 53:7. Não muito distante estava o Calvário, o local da crucificação. Mas ao seu olhar, não eram essas as cenas que Lhe trazia tão grande angústia, em tal hora de alegria para todos os demais. Chorava ele pela sorte dos milhares de Jerusalém, por causa da cegueira e do orgulho daqueles que Ele viera abençoar e salvar.

Jerusalém fora honrada por Deus acima de toda a Terra. Sião foi eleita pelo Senhor, que a desejou “para Sua habitação” (Salmo 132:13). Ali, durante séculos profetas haviam proferido mensagens de advertência. Sacerdotes ali haviam agitado os incensários com suas nuvens de incenso, com as orações dos adoradores, subira perante Deus. Ali, diariamente, se oferecera o sangue dos cordeiros mortos, apontando para o futuro Cordeiro de Deus. Mas a história daquele povo foi um registro de apostasia e rebelião. Haviam resistido à graça do céu, abusado de seus privilégios e menosprezado as oportunidades.

Israel zombou dos mensageiros de Deus, desprezando suas palavras, e perseguindo seus profetas. “Eles, porém, zombavam dos mensageiros de Deus, desprezam as suas palavras e mofando dos seus profetas, até que o furor do Senhor subiu tanto contra o seu povo, que mais nenhum remédio houve”. (II Crônicas 36:16). Apesar das repetidas rejeições sua misericórdia continuou a interceder. Com o maior amor, Deus lhes havia enviado “Sua palavra pelos seus mensageiros, madrugando e enviando, porque se compadeceu de Seu povo e de Sua habitação” (II Crônicas 36:15). Quando admoestações, avisos haviam falhado, enviou ainda o melhor dom do Céu, mais ainda, derramou todo o Céu naquele único dom, Jesus Cristo.O próprio Filho de Deus foi enviado para convidar à salvação a cidade impertinente.

Durante três anos o Senhor da glória e luz entrava e saia entre o Seu povo. “Ele andou fazendo o bem, e curando a todos os oprimidos do diabo” (Atos 10:38). “O Espírito do Senhor está sobre mim, porquanto me ungiu para anunciar boas novas aos pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos, e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos” (Lucas 4:18) “Os cegos vêem, e os coxos andam; os leprosos são purificados, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o evangelho” (Mateus 11:5). A todas essas classes igualmente foi dirigido o gracioso convite: “Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vou aliviarei” (Mateus 11:28).

Enquanto lhe fossem recompensado o bem com o mal e o seu amor com o ódio (Salmo 109:5), Ele prosseguiu firme na Sua missão de misericórdia. Jamais eram rejeitados os que buscavam a Sua graça. Mas Israel se desviara do Seu melhor Amigo e Auxiliador. Os rogos de seu amor haviam sido desprezados, Seus conselhos repelidos, ridicularizadas suas advertências. Aquele que unicamente poderia os salvar da condenação, fora menosprezado, rejeitado, injuriado, e logo seria crucificado. Quando Cristo estivesse suspenso na cruz do Calvário, teria terminado o tempo de Israel como nação favorecida e abençoada por Deus. Porém, quando Cristo olhava sobre Jerusalém, achava-se perante ele a condenação de uma cidade inteira, de toda uma nação.

Profetas haviam chorado a apostasia de Israel. Jeremias desejava que seus olhos fossem uma fonte de lágrimas, para que pudesse chorar dia e noite pela morte da filha de teu povo (Jerusalém), pelo rebanho do Senhor que havia sido levado ao cativeiro (Jeremias 9:1; 13:17). Via entregue às chamas o e belo templo, os palácios e torres, e no seu lugar restariam apenas escombros, um monte de ruínas. Nos castigos prestes a cair sobre Seus filhos, não via Ele senão o primeiro gole daquela primeira taça de ira que no juízo final deveria esgotar. O terno amor, a piedade divina encontraram expressão nessas melancólicas palavras: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, apedrejas os que a ti são enviados! quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e não o quiseste!” (Mateus 23:37). Se tivessem conhecido, como nação favorecida acima de todas as outras, o tempo de sua visitação, nada disso teria acontecido. Pela sua destruição, unicamente foi responsável ela mesma. “E não queres vir a Mim para terdes vida” (João 5:40).

A majestade dos Céus em pranto! O filho do infinito Deus perturbado em espírito, curvando em angústia! Revela-nos a imensa malignidade do pecado, mostra quão difícil é, mesmo para o poder infinito, salvar o culpado das conseqüências da desobediência da Palavra de Deus.

Jesus olhando para nossa geração, vê da mesma maneira que via Jerusalém naquele dia. O mundo envolvido em engano semelhante ao que produziu a destruição de Jerusalém. O grande pecado dos judeus foi rejeitarem a Cristo; o grande pecado do mundo cristão está sendo o fato de rejeitarem o Fundamento de seu governo no Céu e na Terra. Rejeitarem sua graça, rejeitarem sua palavra e seu evangelho, vivendo e apresentado às outras pessoas outro evangelho, não o da Bíblia. Milhões na servidão do pecado, escravos de Satanás, condenados a sofrer a segunda morte, recusando-se escutar as palavras da verdade. Terrível cegueira! estranha presunção!

Dois dias antes da Páscoa, quando Cristo pela ultima vez se afastara do templo, depois de ter denunciado a hipocrisia dos príncipes judeus, mais uma vez assenta-se ao mote das Oliveiras com seus discípulos, vendo a imponente cidade. Mais uma vez se depara com o deslumbrante templo em seu esplendor.

Mil anos antes, o salmista engrandeceu o favor de Deus para com Israel fazendo da casa sagrada Sua morada: “Em Salém está o Seu tabernáculo, e Sua morada em Sião” (Salmo 76:2). Ele “elegeu a tribo de Judá; o monte de Sião que Ele amava. E edificou Seu santuário como aos lugares elevados” (Salmos 78:68 e 69). O primeiro templo foi construído durante o período mais próspero da história de Israel. Salomão, o mais sábio dos monarcas de Israel completou a obra. Esse edifício foi a mais magnífica de todas as construções que o mundo já viu. Porém, o Senhor declarou através do profeta Ageu relativamente ao segundo templo: “A glória da última casa será maior que da primeira” “Farei tremer todas as nações e virá o Desejado de todas as nações e encherei esta casa de glória, diz o Senhor dos exércitos” (Ageu 2:9 e 7).

Depois da destruição do primeiro templo por Nabucodonozor, foi reconstruído aproximadamente quinhentos anos antes do nascimento de Cristo, por um povo que ao longo do cativeiro, voltara a um país devastado e quase deserto. Havia entre eles homens idosos que tinham visto a glória do templo de Salomão e choraram junto ao alicerce do novo edifício a ser construído. O sentimento que prevalecia é descrito pelo profeta: “Quem há entre vós que tendo ficado, viu esta casa na sua primeira glória? E como vedes agora? Não é nada comparada com aquela?” (Ageu 2:3; Esdras 3:12). Então foi feita a promessa de que a glória da ultima casa seria maior do que da anterior.

Mas o segundo templo não se igualou em magnificência, nem foi consagrado pelos visíveis sinais da presença divina que o primeiro tivera. Não houve manifestação de poder sobrenatural para confirmar seu poder. Nenhuma nuvem de glória foi vista a encher o santuário recém-construído. Nenhum fogo do Céu desceu para consumir o sacrifício sobre o altar. O “Shekinah” não mais habitava entre os querubins no lugar santíssimo, a arca, o propiciatório, as tábuas do testemunho não mais se encontravam ali. Nenhuma voz ecoava do céu ao sacerdote, trazendo a palavra de Jeová.

Durante séculos os judeus se esforçaram por mostrar que a promessa de Deus feita por Ageu tinha se cumprido, porém o orgulho e a incredulidade lhes cegavam os olhos para compreender o verdadeiro sentido das palavras do profeta. O segundo templo não foi honrado com a nuvem de glória de Jeová, mas com a presença d’Aquele que enviaria o Consolador, o Espírito Santo que deveria habitar não em templos construídos por mãos de homens, mas em cada um de nós, pois somos nós o templo do Espírito. Com a presença de Cristo, e com ela somente, a segunda casa excedeu a primeira em glória. Mas Israel afastou de si o dom do Céu. Que lhe foi oferecido, e a glória do Senhor para sempre se retirara do templo. Já eram cumpridas as palavras do Salvador: “Eis que a vossa casa vai ficar deserta” (Mateus 23:38).

Os discípulos ficaram cheios de espanto e admiração ante a profecia de Cristo acerca da destruição do Templo, e desejavam compreender melhor o sentido de suas palavras. Riquezas, trabalhos e perícia arquitetônica haviam por mais de quarenta anos haviam sido utilizadas para engrandecer seu esplendor. Herodes, o Grande, doou tanto riquezas romanas quanto tesouros judeus, mesmo o imperador do mundo tinha contribuído na construção do belo templo. Blocos maciços de mármore branco haviam sido trazidos de Roma para este fim, formavam parte de sua estrutura e para eles chamavam a atenção do mestre: “Mestre, lha que pedras, e que edifícios!” (Marcos 13:1).

A estas palavras deu Jesus e surpreendente resposta: “Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada” (Mateus 24:2). Mas Cristo disse: “os céus e a terra passarão, mas minhas palavras não hão de passar” (Mateus 24:35). Por causa de seus pecados foi anunciada a ira contra Jerusalém, e sua incredulidade trouxe-lhes seu destino.

O Senhor havia declarado através do profeta Miquéias: “Ouvi agora isto, vós chefes da casa de Jacó, e vós governantes da casa de Israel, que abominais a justiça e perverteis tudo o que é direito, edificando a Sião com sangue, e a Jerusalém com injustiça. Os seus chefes dão as sentenças por presentes,, e os seus sacerdotes ensinam por dinheiro, e os seus profetas adivinham por dinheiro; e ainda se encostam ao Senhor, dizendo: Não está o Senhor no meio de nós? nenhum mal nos sobrevirá. Portanto, por causa de vós, Sião será lavrada como um campo, e Jerusalém se tornará em montões de pedras, e o monte desta casa em lugares altos dum bosque”. (Miquéias 3:9 ao 11).

Essas palavras descreviam fielmente os habitantes de Jerusalém. Odiavam a Cristo porque sua pureza e santidade revelava sua iniqüidade. Entretanto, sabendo eles que o Mestre não tinha pecado, declararam que Sua morte era necessária para sua segurança como nação. “Se O deixarmos assim,” disseram os chefes dos judeus, “todos crerão nEle, e virão os romanos, e tirar-nos-ão nosso lugar como nação” (João 11:48). Pensavam eles, que se Cristo fosse crucificado, poderiam mais uma vez se tornar um povo forte, unido. Assim raciocinavam, e concordavam com a decisão de seu sumo sacerdote de que seria melhor morreu um homem do que perecer toda a nação.

Assim os dirigentes judeus edificaram “Sião com sangue, e a Jerusalém com injustiça.” E ao mesmo tempo matavam seu Salvador porque condenava seus pecados. “Portanto” continuou o profeta “por causa de vós, Sião será lavrada como um campo, e Jerusalém se tornará em montões de pedras, e o alto desta casa em lugares altos dum bosque.”. (Miquéias 3:12). Durante quase quarenta anos depois que a condenação de Jerusalém foi pronunciada por Cristo, retardou o Senhor a destruição da cidade e nação.

A parábola da árvore infrutífera representava o trato de Deus com sua nação judaica. Muitos haviam entre os judeus que eram ignorantes quanto ao caráter de Cristo. Mediante a pregação dos apóstolos e de seus cooperadores, Deus faria com que a luz resplandecesse sobre eles; a profecia se cumpriria, não somente do nascimento e vida de Cristo, mas também em sua morte e ressurreição.

A longanimidade de Deus para com Jerusalém, apenas confirmou os judeus em sua obstinada impertinência. Em seu ódio e crueldade com os discípulos de Jesus, rejeitaram seu último oferecimento de misericórdia. Afastou então Deus deles sua proteção, retirando o poder com que restringia a Satanás e seus anjos, de maneira que a nação ficou sob o controle do chefe que haviam escolhido. Os homens não raciocinavam, achavam-se fora da razão, dirigidos pelo impulso e cega raiva. Tornaram-se satânicos em sua crueldade. Os judeus haviam aceitado falso testemunho para condenar o inocente filho de Deus. O temor de Deus não mais os perturbaria. Satanás estava à frente da nação e as mais altas autoridades civis e religiosas estavam sob seu domínio.

Os chefes das facções oponentes por vezes se uniam para saquear e torturar suas vítimas, fazendo impiedosa matança. Adoradores eram assassinados diante do altar, e o templo contaminava-se com corpos de mortos. Porém declaravam em sua cega e blasfema presunção que não tinha receio de Jerusalém ser destruída, pois era a própria cidade de Deus. Israel tinha na verdade, negligenciado a proteção divina e agora não tinha defesa. Infeliz Jerusalém!

Todas as predições feitas por Cristo relativas à destruição de Jerusalém tinham sido cumpridas à letra. Os judeus experimentaram a verdade de Suas palavras de advertência: “Com a medida que tiverdes medido, vos hão de medir a vós” (Mateus 7:2). Assim apareceram sinais anunciando a condenação. Ao meio da noite resplandeceu uma luz sobrenatural sobre o templo e o altar. Sobre as nuvens, ao pôr do sol, desenhavam-se carros e homens de guerra reunindo-se para a batalha. Os sacerdotes que ministravam a noite no santuário, aterrorizavam-se com sons misteriosos; a terra tremia e ouvia multidão de vozes a clamar: “Partamos daqui!”. A grande porta oriental, tão pesada que dificilmente podia ser fechada por uns vinte homens, e se achava segura por imensas barras de ferro fixas profundamente no pavimento de pedra sólida, abriu-se à meia-noite, independente de qualquer agente visível – História dos Judeus, de Milman, livro 13.

Nenhum cristão pereceu na destruição de Jerusalém. Cristo fizera aos seus discípulos o aviso, e aguardavam o sinal prometido. “Quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, sabei que é chegada a hora da desolação. Então os que estiverem na Judéia que fujam para os montes; os que estiverem no meio da cidade, saiam.” (Lucas 21:20 e 21).

Os chefes romanos esforçaram-se por espalhar terror aos judeus, e assim faze-los render-se. Os prisioneiros que resistiram ao cair presos, eram açoitados, torturados e crucificados diante do muro da cidade. Centenas eram diariamente mortos dessa maneira, em tão número que não havia espaço para se mover entre os corpos. De tão terrível maneira foram castigados segundo sua própria sentença: “Ao ver Pilatos que nada conseguia, mas pelo contrário que o tumulto aumentava, mandando trazer água, lavou as mãos diante da multidão, dizendo: Sou inocente do sangue deste homem; seja isso lá convosco. E todo o povo respondeu: O seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos”. (Mateus 27:25).

A cega rebeldia dos chefes dos judeus e dos abomináveis crimes penetrados dentro da cidade sitiada, excitaram o horror e a indignação dos romanos, e Tito, filho do imperador romano Vespasiano, liderando a tomada e destruição de Jerusalém no ano 70 d. C., então resolveu tomar o templo de assalto. Decidiu porém, que o mesmo até poderia ser poupado de ser destruído. Mas suas ordens foram desatendidas. Depois que ele se retirou para sua tenda à noite, os judeus saindo de dentro do templo, atacaram os soldados romanos. Na luta um soldado arremessou uma flecha de fogo através de uma abertura no pórtico, e imediatamente as salas revestidas em madeira, incendiaram-se.

Tito precipitou-se para o local, seguido de seus generais e legionários e ordenou aos soldados que apagassem as labaredas. Suas palavras não foram atendidas. O sangue corria como água pelas escadas do templo abaixo. Milhares e milhares de judeus morreram. Acima do ruído da batalha ouvia-se: “Icabode!” – foi-se a glória. Tito achou impossível deter a fúria dos soldados, entrou com seus oficiais e examinou o interior do edifício sagrado. As chamas ainda não haviam penetrado no lugar santo, fez um ultimo esforço para salva-lo. O centurião Liberalis esforçou-se em impor obediência com seu estado maior; mas o próprio respeito para com o imperador cedeu lugar para contra os judeus, à esperança insaciável do saque. Um soldado, sem ser percebido, arrojou uma tocha acesa por entre as dobradiças da porta. O edifício todo por um tempo ficou em chamas. A escura fumaça e fogo obrigaram os oficiais a retirar-se, e o nobre edifício foi abandonado à sua sorte.

“Era um pavoroso espetáculo aos romanos; e seria ele para os judeus? Todo o alto da colina que dominava a cidade ardia em chamas como um vulcão. Um após os outros caíram os edifícios, com tremendo estrondo, e foram absolvidos pelo abismo. Os tetos de madeira assemelhavam-se a lençóis de fogo; os pináculos dourados resplandeciam como pontas de luz vermelha; as torres dos portais enviavam para cima altas colunas de chama e fumaça. O morticínio, do lado de dentro, era até mais terrível do que o espetáculo do lado de fora. Homens e mulheres, velhos e moços, insurgentes e sacerdotes, os que combatiam os que imploravam por misericórdia, eram retalhados em indiscriminada carnificina. O número de mortos excedeu ao dos matadores. Os legionários tiveram de trepar sobre o monte de cadáveres para prosseguir a obra de extermínio” História dos judeus, de Milman, Livro 16. Depois da destruição do templo, a cidade inteira logo caiu nas mãos dos romanos. Os chefes dos judeus abandonaram as torres, e Tito as achou desertas. Tanto a cidade como o templo foram arrasados até os fundamentos, e o terreno em que se erguia o templo foi lavrado como um bosque. “Miquéias, o morastita, profetizou nos dias de Ezequias, rei de Judá, e falou a todo o povo de Judá, dizendo: Assim diz o Senhor dos exércitos: Sião será lavrada como um campo, e Jerusalém se tornará em montões de ruínas, e o monte desta casa como os altos de um bosque. (Jeremias 26:18).

Tito, o general romano e filho do imperador, posteriormente se tornou o próprio imperador de Roma, assumindo o lugar de seu pai Vespasiano, entre suas obras destaca-se a inauguração do Coliseu, no ano 80 d. C., construção que seu pai iniciara. Prometia ser ele um imperador à altura do seu pai, mas o seu breve reinado foi marcado por catástrofes. Em 24 de Agosto de 79, o vulcão Vesúvio destruiu as cidades de Pompéia e Herculano e, em 80, Roma foi de novo consumida por um incêndio. Tito reinou somente dois anos.

Disse ainda o profeta: “Pela tua perda ó Israel, te rebelaste contra Mim”, “pelos teus pecados, tens caído” (Oséias 13:9; 14:1). Pela obstinada rejeição do amor e misericórdia divina, os judeus fizeram com que a proteção de Deus fosse deles retirada, e permitiu-se a Satanás dirigi-los segundo sua vontade. As horríveis crueldades executadas na destruição de Jerusalém são uma demonstração do poder vingador de Satanás sob os que se rendem ao seu controle.

Não podemos calcular quanto devemos a Cristo pela paz e proteção que gozamos. É o poder de Deus que impede que a humanidade passe completamente para o domínio de Satanás em nossos dias. Os desobedientes e ingratos tem grande motivo de gratidão pela misericórdia e longanimidade de Deus, que contém o cruel e pernicioso poder do maligno. Quando, porém, os homens rejeitam a vontade de Deus e o Sacrifício verdadeiro de Cristo na cruz, a restrição é removida. Deus não fica em relação ao pecador como executor da sentença contra sua transgressão, mas os deixa entregues a si mesmos os que rejeitam Sua misericórdia, para colherem aquilo que semearam. Cada raio de luz rejeitado, cada advertência desprezada ou menosprezada, cada heresia, cada distorção do evangelho da verdade, é uma semente lançada, a qual produz semelhante colheita.

A destruição de Jerusalém constitui tremenda e solene advertência a todos os que estão tratando levianamente com oferecimentos da graça de Deus e resistindo à misericórdia de Deus.

A profecia do Salvador relativa aos juízos que deveriam cair sobre Jerusalém há de ter outro cumprimento, do qual aquela terrível desolação não foi a sombra do que está por vir ao mundo. Entretanto, a cena ainda mais tenebrosa se apresenta nas revelações contidas nas Sagradas Escrituras referentes aos dias nos quais vivemos. Os registros do passado, que são, em contraste com os terrores daquele dia em que o Espírito de Deus será totalmente retirado. O mundo contemplará então, como nunca antes, os resultados do governo de Satanás. Mas naquele dia, bem como na ocasião da destruição de Jerusalém, livrar-se-á o povo de Deus, “todo aquele que estiver inscrito entre os vivos” (Isaias 4:3). Cristo declarou que virá a segunda vez para reunira Si seus fieis: “Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão vir o Filho do homem sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos com grande clangor de trombeta, os quais lhe ajuntarão os escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus”. (Mateus 34:30 e 31) Então os que não obedecem ao evangelho serão consumidos pelo espírito de Sua boca, e serão destruídos pelo resplendor de sua vinda (II Tessalonissenses 2:8). Como o antigo Israel, os ímpios destroem-se a sí mesmos, caem em iniquidade. Em conseqüência de uma vida de pecados e desviando-se da verdade, e tão fora da harmonia com Deus, que sua natureza tornou-se tão voltada para o mal, que a manifestação da glória divina é como um fogo consumidor.

Acautelem-se os homens para que não aconteça negligenciarem a lição que lhes é pronunciada pelas palavras de Cristo. Assim como Ele preveniu seus discípulos quanto à destruição de Jerusalém, dando-lhes um sinal da ruína que se aproximava para que pudessem escapar, também advertiu o mundo quanto à destruição final, e nos deu sinais de sua aproximação para que todos os que queiram, possa fugir da ira de Deus, mais próxima a cada dia, cada hora, cada minuto. Declara Jesus: “E haverá sinais no Sol, na Lua, nas estrelas; e na terra angústia das nações” (Lucas 21:25); (Mateus 24:29); (Marcos 13:24 ao 26); (Apocalipse 6:12 ao 17). Leiam essas passagens, depois continuem a leitura.

Os que contemplam os prenúncios de sua vinda, devem saber que “está próximo às portas” (Mateus 24:33). “Vigiai, pois” (Marcos 13:35), são Suas palavras de advertência. Os que atendem ao aviso não serão deixados em trevas, para que naquele dia os apanhe desprevenidos. Mas aos que não vigiarem, “o dia do Senhor virá como o ladrão na noite” (I Tessalonissenses 5:2).

Quero dizer algo aqui de suma importância e mais que significativo, e em nome de Jesus de Nazaré, o verbo, que se doou por todos nós na cruz para que pela justificação de nossos pecados por Ele nos tornássemos justos, mediante à graça de Deus, no nome dele, e pelo Seu nome que digo, ciente de que não seria tolo, ao ponto de por menor e mais insignificante que seja, tentar diminuir ou aumentar alguma coisa do Evangelho que nos é apresentado nas Sagradas Escrituras.

O mundo não está mais preparado para dar crédito à mensagem para esse tempo do que os judeus estiveram para receber o aviso do Salvador, relativo à Jerusalém. Venha quando vier, o dia do Senhor virá de improviso aos ímpios. Correndo a vida em sua rotina, encontrando os homens distraídos nos prazeres, negócios e ambição de ganho e lucro, mesmo os que buscam isso através da religião; estando os dirigentes do mundo religioso a engrandecer o progresso de seus impérios denominacionais e pessoais, na veneração aos seus templos, cada vez com maior magnitude e beleza, conforto às almas de todas as classes sociais (selecionadamente por cada denominação e em cada bairro da cidade), na glorificação do mundo, e achando o povo embalado em uma falsa segurança, então, como o ladrão à meia noite rouba na casa de quem não é guardada, sobrevirá repentina destruição aos descuidados e ímpios, “e de nenhum modo escaparão” (I Tessalonissenses 3 ao 5).

Deixo aqui todo Pedro, capítulo 2.

1 Mas houve também entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá falsos mestres, os quais Introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição.
2 E muitos seguirão as suas dissoluções, e por causa deles será blasfemado o caminho da verdade;
3 também, movidos pela ganância, e com palavras fingidas, eles farão de vós negócio; a condenação dos quais já de largo tempo não tarda e a sua destruição não dormita.
4 Porque se Deus não poupou a anjos quando pecaram, mas lançou-os no inferno, e os entregou aos abismos da escuridão, reservando-os para o juízo;
5 se não poupou ao mundo antigo, embora preservasse a Noé, pregador da justiça, com mais sete pessoas, ao trazer o dilúvio sobre o mundo dos ímpios;
6 se, reduzindo a cinza as cidades de Sodoma e Gomorra, condenou-as à destruição, havendo-as posto para exemplo aos que vivessem impiamente;
7 e se livrou ao justo Ló, atribulado pela vida dissoluta daqueles perversos
8 (porque este justo, habitando entre eles, por ver e ouvir, afligia todos os dias a sua alma justa com as injustas obras deles);
9 também sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos, e reservar para o dia do juízo os injustos, que já estão sendo castigados;
10 especialmente aqueles que, seguindo a carne, andam em imundas concupiscências, e desprezam toda autoridade. Atrevidos, arrogantes, não receiam blasfemar das dignidades,
11 enquanto que os anjos, embora maiores em força e poder, não pronunciam contra eles juízo blasfemo diante do Senhor.
12 Mas estes, como criaturas irracionais, por natureza feitas para serem presas e mortas, blasfemando do que não entendem, perecerão na sua corrupção,
13 recebendo a paga da sua injustiça; pois que tais homens têm prazer em deleites à luz do dia; nódoas são eles e máculas, deleitando-se em suas dissimulações, quando se banqueteiam convosco;
14 tendo os olhos cheios de adultério e insaciáveis no pecar; engodando as almas inconstantes, tendo um coração exercitado na ganância, filhos de maldição;
15 os quais, deixando o caminho direito, desviaram-se, tendo seguido o caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça,
16 mas que foi repreendido pela sua própria transgressão: um mudo jumento, falando com voz humana, impediu a loucura do profeta.
17 Estes são fontes sem água, névoas levadas por uma tempestade, para os quais está reservado o negrume das trevas.
18 Porque, falando palavras arrogantes de vaidade, nas concupiscências da carne engodam com dissoluções aqueles que mal estão escapando aos que vivem no erro;
19 prometendo-lhes liberdade, quando eles mesmos são escravos da corrupção; porque de quem um homem é vencido, do mesmo é feito escravo.
20 Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo pelo pleno conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, ficam de novo envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior que o primeiro.
21 Porque melhor lhes fora não terem conhecido o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado.
22 Deste modo sobreveio-lhes o que diz este provérbio verdadeiro; Volta o cão ao seu vômito, e a porca lavada volta a revolver-se no lamaçal.

“O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens; nem tampouco é servido por mãos humanas, como se necessitasse de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas” (Atos 17:24 e 25).

Valew

sábado, 19 de setembro de 2009

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quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Espiritismo, previsões e temor do amanhã


Existe algo no ser humano, uma curiosidade que nos impulsiona para coisas fantásticas. E não há nada mais fantástico do que se comunicar com os mortos. Falar com aquela pessoa que você tanto amava, mas que agora estão separados pela morte. As empresas cinematográficas continuam fazendo muito sucesso com esse tipo de filme, como “Ghost – do outro lado da vida”. “Os outros” entre outros. Por isso, devemos analisar com muita atenção a mensagem pregada pelo espiritismo e se de fato ela condiz com a realidade, e pessoalmente, no que eu creio, ou melhor, no que aprendi a crer com o passar dos dias.
Se esse blog fosse direcionado exclusivamente à cristãos, e sendo mais específico à cristãos evangélicos e católicos, se utilizar de textos e passagens bíblicas para fundamento tornaria a tarefa de produzir esse texto algo mais confortável, mais fácil talvez, pelo simples fato de que aceitando-se a idéia de que alguém crê nos textos bíblicos, bastaria apenas conhece-los para compreender de maneira nada mais que racional que a bíblia não aprova, e claramente rejeita os princípios do espiritismo, em todas as suas dimensões e subdivisões.
Felizmente o meu foco não são os cristãos, ou algum outro grupo religioso. Meu objetivo é alcançar você que lê esse blog agora, independentemente da sua visão religiosa, inclusive cristãos de maneira geral. Porém citarei também entre outros, passagens bíblicas sobre o tema.
Atos 16: 16-20. A bíblia ensina que adivinhações aconteciam na época de Cristo também. Essa escrava andava atrás de Paulo e Silas, gritando que eles eram os mensageiros de Deus, ela estava importunando os homens de Deus. E interessante pensar que esse tipo de coisa já dava lucro naquela época.
E temos uma curiosidade doentia, queremos saber o vai acontecer, saber mais sobre o futuro. Isso revela uma insegurança que habita em nosso mundo, vivemos num mundo cada vez mais confuso.
A Bíblia ensina que os espíritos existem, e existem os espíritos maus, como esse. E os espíritos bons (anjos – Mateus 18: 10). A Bíblia não nega a existência dessas coisas, mas ela proíbe a forma com que os homens mexem com o mundo espiritual. Porque, tudo isso reflete uma falta de confiança em Deus e um fraco relacionamento com o Deus Eterno.
Deuteronômio 18:9-13. Isso foi escrito há mais de 3500 anos, na época de Moisés. Impressionante! Ver que a mesma natureza curiosa, que hoje atrai milhares e milhares de pessoas, é a mesma que atraía o povo de Israel, há mais de 3500 anos com os adivinhos, magias, feiticeiros, encantamentos, médiuns, com aqueles que consultavam os espíritos ou consultavam os mortos.
O espiritismo prega a evolução dos espíritos, que os espíritos vão alcançando estágios mais elevados, que os espíritos estão entrando em harmonia com o cosmos e o universo. E que alguns homens sentem isso, e aqueles que são mais evoluídos conseguem se comunicar com os mortos, conseguem ver a energia espiritual e mexer com o mundo espiritual. A busca dessas coisas revelam uma insegurança no relacionamento com Deus, um distanciamento de Deus e um povo com pouco contato com o Criador.
Levítico 20:6; 27.

Porque é que as pessoas buscam isso? Eu penso em três razões
1. Falta de confiança em Deus.
A falta de um relacionamento com Deus. E saber que ele tem controle sobre todas as coisas. Levam as pessoas a ficarem inseguras. E, por isso, querem saber o seu futuro, e que os médiuns têm a dizer, e que o astral está dizendo, e buscam qualquer tipo de força que lhe dê alguma segurança. E tamanha é a distância de Deus que uma pessoa vem e fala qualquer coisa e a outra pessoa sai tão segura.
2. Medo
A segunda razão é o medo de enfrentar os problemas que virão. Medo de ver a casa cair. Um medo de enfrentar a realidade. Assim, querem encontrar uma saída.
3. Dificuldades.
Quando passamos por dificuldades somos impulsionados a saber o nosso futuro e nossa sorte, e queremos buscar os adivinhos. Queremos uma saída fácil, queremos uma pílula mágica. Alguns fazem os maiores absurdos em busca das soluções fáceis indicadas pelos “mestres espirituais”. As dificuldades nos levam ao mundo dos mortos. “Deixe-me consultar o morto, meu guia, para que ele me aconselhe no que fazer agora”.
1 Samuel 28: 3-20. Vamos analisar uma sessão espírita na bíblia.

Porque é que Saul foi atrás dessas coisas? É porque estava morrendo de medo do que iria acontecer naquela guerra. O Deus Eterno já tinha abandonado Saul. Se você tem um relacionamento com Deus você não precisa pedir conselhos para os mortos. Quem faz isso não tem o verdadeiro conhecimento de Deus.
Alguns dizem que o lance agora é crer na reencarnação. Na TV globo a uma novela chamada “Alma Gêmea” que explora todo esse lado espírita. Que você vai ter muitas vidas, viver em diferentes carmas, para que você possa evoluir socialmente e moralmente. Alcançar um estado iluminado. Isso vem de encontro à necessidade humana de nunca encontrar um fim. Não queremos prestar contas, por isso, vamos reencarnar várias vezes. E vamos voltar e evoluir e vamos nos aperfeiçoar a cada dia.
Quero fazer uma pergunta para você: Você enxerga o mundo melhorando com o passar dos anos?
Interessante pensar na doutrina da reencarnação ela tem uma origem nos hindus, e sabe o que desmorona essa doutrina? É que o país, a Índia, é um dos mais miseráveis socialmente, economicamente e moralmente de nosso planeta. Se você ler um pouco da história da Índia vai entender. Mas, se lá é o berço de tudo isso, porque é que a evolução moral e social, pregada no espiritismo, não tem construído um país melhor.
Outra coisa, se estivéssemos reencarnando e evoluindo, nosso mundo estaria evoluindo, estaríamos mais perto de Deus, mais cheio de amor e harmonia, nossos casamentos estariam funcionando mais, nossas famílias mais unidas, haveria mais paz e mais alegria. Porém, o mundo despenca cada dia.
Muitos buscam isso, porque fogem da responsabilidade de mudar sua própria vida para prestar contas um dia a Deus.
Hebreus 4: 13; 9: 27. Desmontam a doutrina da reencarnação. Odiamos esse encontro com Deus, mas não tem jeito. Aproveite sua vida, pois é a única oportunidade de conhecer a Deus e sua maravilhosa graça, não teremos outra chance.
Alguns Hindus mais fanáticos usam um lenço que cobre a boca e o nariz, para não engolir moscas, pois aquela mosca engolida poderia ter sido a vovó do cara em outra vida, é até engraçado, até mesmo para os espíritas kardecistas. Para o ocidente esse negócio é engraçado, porém, não achamos graça no evangelho segundo Allan Kardec. Agora sim! Agora temos uma mensagem psicografada, temos um contato com os mortos. Pois, ele é francês, um intelectual.
Gálatas 1: 8-9. A Bíblia ensina que não é para mudarmos nada, não é para escrever outro evangelho, não é para psicografar nada, acrescentar nada. Alguns mexem com a Bíblia como se fosse um livro qualquer. “Posso tirar isso porque não concordo”. Não existe o evangelho segundo o fulano de tal. O apóstolo Paulo está dizendo “que seja amaldiçoado, mesmo que ele ou um anjo do céu mude algo”. Para que ler a interpretação falível de um homem sobre o evangelho, quando poderíamos ler o próprio evangelho ? Talvez se eu escrevesse um livro tipo “O evangelho segundo Igor”, e fosse persuasivo, argumentasse bem, criasse uma tese bem planejada e principalmente, de maneira a atingir o emocional das pessoas, conseguisse vender alguns milhões de exemplares, fundar uma nova religião, e ter alguns milhões de seguidores dessa tal doutrina, baseada nas minhas pessoais interpretações do evangelho. Porem, entre a interpretação humana de quem quer que seja sobre o evangelho, prefiro ficar com o próprio evangelho.
O espiritismo pegou alguns trechos bíblicos e torceram como Lucas 16, na parábola do “Rico e o Lázaro”, para dizer que ali está uma prova que é possível falar com o mundo dos mortos. Ou Salmo 139 que diz que Deus nos conhece desde o ventre materno, isso é usado para justificar a reencarnação. Assim vão torcendo textos bíblicos.
A Bíblia é como uma carta que um Pai escreveu com muito carinho para seu filho, o pai queria comunicar algo para seus filhos. Aí surgem pessoas que abrem à carta e vão interferindo nessa comunicação, mudando o conteúdo original. O pai não vai gostar nada disso. Deus ama os espíritas e qualquer pessoa, mas não tolera as distorções de sua Palavra, escrita com o sangue. Deus não tem religião, não é evangélico, como digo, se fosse teria 500 anos de idade, nem é católico ... como nem Buda era budista, ele viveu a vida dele e se dedicou a fazer o bem, nunca esperava que fizessem da vida dele uma religião.
Efésios 6: 10-18. “Fortaleçam-se no Senhor e no seu forte poder”. O chamado é para estarmos perto de Deus. Se você tem um relacionamento forte com Deus, você não precisa sair por aí para falar com os mortos.

O apóstolo fala de uma guerra espiritual. Uma luta travada e temos que lutar com a armadura de Deus, usem toda a armadura de Deus, assim não haverá dúvida..
Estamos aqui para glorificar o Deus Eterno, não estamos aqui para reencarnar. Estamos aqui para construirmos um relacionamento com Deus e conforme vamos crescendo nesse relacionamento. Não estamos aqui para querer adivinhar o futuro, para falarmos com os mortos. Cristo nos chamou para morrermos para nós mesmos e não se preocupar com o dia de amanhã. Cristo tem transformado a vida de muitas pessoas e essa é a receita para um mundo melhor. O mundo será transformado quando esquecermos de nós mesmos e amarmos o próximo de todo o coração.
Estou falando sobre essas coisas, pois sinto que em nosso convívio nos últimos tempos, circula uma sentimento que não importa a religião. Não mexe comigo que eu não mexo com você. Eu não acredito nesse pensamento que religião é tudo igual, só precisamos buscar algo. Eu acredito que a Bíblia deve ser respeitada e aceitada como ela é, eu acredito que devemos lutar pelas doutrinas certas como os apóstolos fizeram, eu acredito no fundamento dos apóstolos e profetas e em Jesus Cristo como Verdade.

Abraço Forte

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Mantra Gospel

Facilmente encontramos reuniões cristãs que seus participantes deleitam-se em verdadeiros mantras, repetições mergulhadas em emoções exaltadas que levam seus adeptos ao êxtase crendo que estão na unção do Espírito Santo. Mas este tipo de ação é usada em outras religiões como no esoterismo e também por outros povos. O índio yanomani antes de enfrentar um inimigo começam a repetir um mantra e bater com uma vara no chão, em poucos minutos ele está ‘encapetado’, transformado, suas emoções e seus ímpetos estão na ‘flor da pele’ prontos a enfrentar o inimigo. Podemos falar que ele está literalmente encapetado, possuído por um espírito maligno, diferente dos crentes. Mas isto acontece também fora do ambiente espiritual. Quem já foi em um estádio de futebol assistir uma grande final ou participou de nervosas reuniões sindicais sabe o que estou dizendo. Basta meia-dúzia com os ânimos alterados para fermentar toda a massa, assim deve ter acontecido na escolha entre Jesus e Barrabás, A emoção é poderosa e tem uma enorme facilidade de guiar nossos atos e raciocínios. A música é o principal exemplo disto, ela dá energia, melancolia, reflexão, sedução, o que quiser. Por isso temos que avaliar os frutos destas ações, assim disse Jesus, e também Paulo quando se refere as manifestações espirituais, se a ação não favorece a comunidade e os irmãos então que seja manifesta somente na sua intimidade. E ai está uma curiosidade, pois fora da euforia emocional não vemos pessoas girando e pulando como vemos nos grandes agrupamentos. Mais um indicio de manifestação emocional e não espiritual.Como é de praxe, seus lideres recitam versículos para fundamentar tais atos e o povo, principalmente a grande massa que é levada pelo senso comum, acredita em tudo que falam pois é um povo de ‘fé’ e o pregador é homem de Deus. Com isso a manipulação das emoções é com tirar doce de uma criança. Na última destas reuniões que fui, o pregador na sua tentativa de inflamar o público a ‘dar glória’ disse: “Dá glória irmão, é de glória em glória que recebemos a vitória” (até rima) e se baseou em 2Co 3.18. Mas o que vai mudar a minha vida ou a vida de alguém ficar repetindo ‘glória a Deus’, ‘glória a Deus’. Jesus já disse: “Não me venhas com vãs repetições!”. É vã porque não surte efeito, pois a Glória pode ser interpretada como ‘Shekiná’, a presença de Deus interagindo no meio do povo e ‘Kavod’, o peso, a riqueza de Deus sobre nós. No texto citado a glória de Deus é o próprio Senhor Jesus (Jo 1.14), o relacionamento diário com Ele é que nos faz crescer e nos dá a vitória, é através Dele que somos aperfeiçoados. Ele é a Palavra e Ela é o espelho que olhamos dentro do nosso coração e através da Luz de Cristo podemos enxergar a sujeira que precisa ser retirada. Ele é a riqueza de Deus interagindo conosco a nosso favor. Para sermos participantes desta Glória que transforma e faz crescer precisamos amar Jesus e isto vai muito além do gostar ou dizer meras palavras, é entrega, dedicação, obediência, pois Ele disse que se guardarmos a Sua Palavra, ou seja, obedientes, a Trindade fará morada no nosso coração. Teremos a Glória de Deus em nós, mas a Glória a Deus manifestamos quando exercemos a Sua vontade.Há um outro sentido para a expressão ‘Glória a Deus’, não está ligada ao texto citado mas é de grande importância para nós cristãos. Esta expressão é um sinal de reconhecimento, é dar honra a quem merece honra, é gratidão à majestosa grandeza de Deus, é se colocar como súditos na presença do Rei. Mas infelizmente o que vemos é pessoas gritando ‘glória a Deus’ fora de hora, atrapalhando a pregação ou até quando algum irmão está compartilhando que foi assolado por uma desgraça e o outro manda: “Glória a Deus”, parece até que deu graças a Deus porque o irmão sofreu. Tem ainda aquele que manda um ‘Glória’ só para matar o silêncio, acabar com a monotonia, dar uma animada no ambiente, grita bem alto, perto do ouvido da senhora que está na sua frente, que apesar da sua audição não ser mais a mesma leva um tremendo susto.“Glória a Deus”. Jamais afastaremos estas palavras de nossas bocas, mas temos que analisar o momento e a motivação, pois no culto tem que haver ordem, decência e respeito a liturgia, Paulo falou: “Cada um controle o seu espírito, a sua emoção, os seus atos”.Mais do que a letra é o ‘espírito’ da letra, mais do que a palavra é a essência, o ‘espírito’ da palavra, a sua motivação. Deus ouve as palavras sinceras feitas na intimidade de um coração humilde e rejeita aquelas feitas por uma boca vaidosa, um coração orgulhoso e uma motivação enganosa. Isto não é um julgamento, de forma nenhuma! É apenas uma reflexão que se encaixa na vida de todo aquele que se denomina cristão, relevando que Deus ouve mais alto o nosso coração do que a nossa boca. Graças a Deus, pois a Sua Glória habita e se manifesta entre nós.Um Abraço cheio do amor de Cristo.

domingo, 9 de agosto de 2009

sexta-feira, 31 de julho de 2009

domingo, 3 de maio de 2009

Dízimos e Sacerdócios

Estudar o Velho Testamento é mergulhar na janela do passado. É como assistir a um desses filmes de ficção, em que o personagem mergulha numa máquina do tempo e cai numa das cenas da história. Suponha que caía na seguinte cena: uma cidadezinha antiga da Palestina, chamada Gibeá, perto de Jebus, antiga Jerusalém. Numa de suas praças, um velho, um homem adulto com sua mulher e seu empregado. Aí vem a seguinte narração:
"Então disse o ancião: Paz seja contigo, tudo quanto te faltar fique ao meu cargo, tão-somente não passes a noite na praça. E levou-o à sua casa, e deu pasto aos jumentos, e lavando-se os pés, comeram e beberam. Estando eles alegrando o seu coração, eis que os homens daquela cidade (homens que eram filhos de Belial) cercaram a casa, batendo à porta, e falaram ao ancião, senhor da casa, dizendo: Tira para fora o homem que entrou em tua casa, para que o conheçamos. E o homem, dono da casa, saiu a eles e disse-lhes: Não, irmãos meus, ora não façais semelhante mal; já que este homem entrou em minha casa, não façais tal loucura. Eis que a minha filha virgem e a concubina dele vo-las tirarei fora, humilhai-as a elas, e fazei delas o que parecer bem aos vossos olhos, porém a este homem não façais essa loucura. Porém aqueles homens não o quiseram ouvir, então aquele homem pegou da sua concubina, e lha tirou para fora; e eles a conheceram e abusaram dela toda a noite até pela manhã, e, subindo a alva, a deixaram. E ao romper da manhã veio a mulher, e caiu à porta da casa daquele homem, onde estava seu senhor, e ficou ali até que se fez claro. E, levantando-se seu senhor pela manhã, e abrindo as portas da casa, e saindo a seguir o seu caminho, eis que a mulher, sua concubina, jazia à porta da casa, com as mãos sobre o limiar. E ele lhe disse: Levanta-te, e vamo-nos, porém ela não respondeu; então, levantando-se o homem a pôs sobre o jumento, e foi para o seu lugar. Chegando, pois, à sua casa, tomou um cutelo, e pegou na sua concubina, e a despedaçou com os seus ossos em doze partes; e enviou-as por todos os termos de Israel".
Juízes 19: 20/29


Este é um dos casos mais revoltantes de toda a Bíblia! Imagine a maldade daquele marido, de empurrar sua mulher para fora, para as mãos daqueles crápulas. Imagine essa mulher sendo estuprada e humilhada por aqueles homens a noite inteira sem piedade. Imagine o que fizeram com ela, a ponto dela não agüentar mais e cair quase morta à porta daquela casa, pela manhã! Depois, como um louco, esquartejou-a como a um animal selvagem, sem nenhuma consideração. Imagine a maldade de um pai, em querer entregar sua filha ainda virgem nas mãos daqueles homens, para livrar a sua pele! Imagine qual o valor que se dava a uma mulher, naquela época!

Muitas pessoas, ainda hoje, querem trazer costumes e práticas daquela época, para os nossos dias. Existem boas coisas lá, assim como em todas as culturas e religiões, que podem servir de exemplos a serem seguidos atualmente, mas no geral, são histórias estranhíssimas, como esta, que não entra na nossa mente. São culturas, quase pré-históricas de um tempo remoto, atrasadíssimo. “Aquele homem”, o esquartejador da história, era, nada menos que um levita! Sim, um homem religioso!


Estudar o Velho Testamento é ver como o ser humano é covarde, egoísta, preconceituoso, cruel e animalesco. Não evoluímos muito, de lá para cá. Veremos que a história se repete e tudo o que o homem era, continua sendo nas versões da modernidade.


Estudar o sacerdócio do Velho Testamento é em grande parte estudar a sua forma de subsistência chamada de dízimos, instituído em forma de estatuto, com redação bem definida; apesar disso constitui o grande bicho de sete cabeças de hoje. No sacerdócio de Cristo não há obrigação de contribuir, nem obrigação de ser beneficiado em alguma contribuição. Essas são as marcas mais importantes para nós, desses dois únicos sacerdócios da bíblia. A marca mais importante do Velho Testamento é o seu regime legalista. Teriam que cumprir a velha lei escrita, ditada por Deus a Moisés e Arão. O seu âmbito de ação era a velha Lei; o que faziam ou deixavam de fazer, estava escrito na velha lei. No sacerdócio de Cristo, não há legalidade escrita e seu âmbito de ação, quem determina é a consciência, o direcionamento pelo Espírito santo e o que diz o seu coração: "Esta é a aliança que farei com eles depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei as minhas leis em seus corações, E as escreverei em seus entendimentos"; acrescenta: Hebreus 10:16. "A graça é a lei, na forma branda do coração: Mas graças a Deus porque, outrora escravos do pecado (no tempo da lei), contudo viestes a obedecer de coração à forma de doutrina a que fostes entregues". Romanos 6:17. "A Lei está para os sacerdotes levitas, assim como a Graça está para o sacerdote de Cristo. Não se poderá, como veremos, misturar nunca esses dois regimes".

1)- A primeira menção de dízimo no Velho Testamento
A primeira menção de dízimo no Velho Testamento, veio na forma de agradecimento de Abraão, depois daquela matança toda (Para quem não sabe, essa história está em
Gênesis 14), quando Melquisedeque, sacerdote do Deus altíssimo foi ao seu encontro levando pão e vinho, elementos que prefiguraram a Cristo. Melquisedeque era rei e sacerdote de Salém. O fato é que Abraão, juntamente com sua criadagem, matou aqueles que tiveram a petulância de roubar os bens e mulheres de seu sobrinho Ló e de toda a Sodoma e Gomorra! "E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e era este sacerdote do Deus Altíssimo. E abençoou-o, e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra; E bendito seja o Deus Altíssimo que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo (Vr. 18). Vale salientar, que nesse “dízimo de tudo”, não estão incluídos os bens do rei de Sodoma: E o rei de Sodoma disse a Abrão: Dá-me a mim as pessoas, e os bens toma para ti. Abrão, porém, disse ao rei de Sodoma: "Levantei minha mão ao SENHOR, o Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra, - Jurando que desde um fio até à correia de um sapato, não tomarei coisa alguma de tudo o que é teu; para que não digas: Eu enriqueci a Abrão".


Pode ser que Abraão não quisesse nada dos despojos de Sodoma ou somente da família do rei. Restam os bens de Gomorra e suas mulheres. Se Abraão deu o dízimo de tudo (fora os bens do rei de Sodoma ou da sua cidade), as mulheres (consideradas mercadorias), de Gomorra entraram nesse “dízimo de tudo?” Logicamente ele não deu o dízimo da parte de Aner, Escol e Manre: Salvo tão-somente o que os jovens comeram, e a parte que toca aos homens que comigo foram, Aner, Escol e Manre; estes que tomem a sua parte (Vr. 24), nem da parte de seu querido sobrinho Ló, que foi o motivo de toda aquela vingança.


Aqui fica clara a “noção de dízimo” para Abraão: tudo o que era despojo; ou bens que não eram seus e que foram conquistados para aquelas pessoas que sofreram aquelas agressões. Penso que não é um bom exemplo para ser aplicado aos santos de nossa época. Não saberemos nunca, se Abraão também dava o dízimo do que era realmente dele, ou nestes moldes, e se o fazia de maneira regular, porque antes e depois dessa tragédia, não há mais menção do sanguinário Abraão dando dízimos. Foi apenas um caso isolado, ou pelo menos é tudo o que sabemos desse patriarca judeu (ou Caldeu?).

1.2)- O povoado de Salém
Jebus era uma localidade das redondezas do povoado que viria ser Salém, habitação que viria a ser Jerusalém; dos Jebuzeus, os descendentes de Jebus, filho de Canaã.
Génesis 10:16 e Génesis 15:21. Não se sabe se foram eles os primitivos habitantes, ou se substituíram a uma raça, ainda mais antiga. A primeira referência aos jebuseus foi feita pelos espias, quarenta anos antes da entrada dos israelitas na Terra Santa Números 13:29. Eles Constituíam uma forte e vigorosa tribo. Disto prova o fato de conservar o seu poder na forte cidadela de Jebus até ao tempo de Davi: E partiu o rei com os seus homens a Jerusalém, contra os jebuseus que habitavam naquela terra; e falaram a Davi, dizendo: Não entrarás aqui, pois os cegos e os coxos te repelirão, querendo dizer: Não entrará Davi aqui. Porém Davi tomou a fortaleza de Sião; esta é a cidade de Davi. Porque Davi disse naquele dia: Qualquer que ferir aos jebuseus, suba ao canal e fira aos coxos e aos cegos, a quem a alma de Davi odeia. Por isso se diz: Nem cego nem coxo entrará nesta casa. II Samuel 5:6/8 .


O fato de Melquisedeque pertencer a esse povo (uma ordem não mencionada) e não a um descendente hebreu, desmistifica a compreensão de que os judeus, e somente os judeus eram o povo de Deus. Jesus é considerado sacerdote da ordem de Melquisedeque e este, descendente do cananeu Jebus, ou uma outra raça mais antiga; considerada maior que a ordem de Arão, dos judeus.


2)- Segunda menção de dízimos no Velho Testamento

A próxima menção de dízimos foi a de Jacó: "Se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer, e vestes para vestir; - E eu em paz tornar à casa de meu pai, o SENHOR me será por Deus; E esta pedra que tenho posto por coluna será casa de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo".
Génesis 28:20/22. Jacó faz um “negócio” com Deus e propõem algumas imposições e condições num determinado momento de sua vida. Se Deus: 1) fosse com ele naquela viagem; 2) o guardasse na viagem; 3) desse pão para ele (na viagem); 4) vestes para vestir (na viagem); 5) voltar em paz no retorno da viagem; então: 1) ele passaria a considerar Deus (depois da viagem), o seu Deus (por quê Jacó, o filho do crente Abraão, ainda não se tinha convertido)? 2) ele consideraria aquele lugar (da coluna de pedra), como a casa de Deus; e 3) daria o dízimo de tudo o que Deus lhe desse, depois da viagem.
Noção de dízimo para o incrédulo Jacó: pagamento ou oferta a Deus, depois Dele ter satisfeito todas as suas imposições e condições. O dízimo seria somente daquilo que tivesse conseguido naquela viagem: “nesta viagem que faço”. Também este não é um bom exemplo para se aplicar aos santos de nossos dias, creio. Não saberemos nunca, se Jacó, no tempo de sua incredulidade, ou fora dela, dava regularmente o dízimo do que era realmente dele, ou se o dava a cada imposição e condição; pois não há mais relatos de Jacó dando os dízimos na Bíblia.


Por esses dois patriarcas, podemos dizer que os dízimos eram doações tiradas daquilo que não eram deles. Abraão deu o dízimo de tudo o que não lhe pertencia; e Jacó prometeu dízimos, frutos de suas imposições e condições de uma futura aventura. Não havia ainda uma regra para se conceituar, como sendo dízimo; era muito relativo, e muito nebuloso.


2.1)- Dízimo no monte Sinai
Números 1:47 ao 54
47 Mas os levitas, segundo a tribo de e seus pais, não foram contados entre eles;
48 porquanto o Senhor dissera a Moisés:
49 Somente não contarás a tribo de Levi, nem tomarás a soma deles entre os filhos de Israel;
50 mas tu põe os levitas sobre o tabernáculo do testemunho, sobre todos os seus móveis, e sobre tudo o que lhe pertence. Eles levarão o tabernáculo e todos os seus móveis, e o administrarão; e acampar-se-ão ao redor do tabernáculo.
51 Quando o tabernáculo houver de partir, os levitas o desarmarão; e quando o tabernáculo se houver de assentar, os levitas o armarão; e o estranho que se chegar será morto.
52 Os filhos de Israel acampar-se-ão, cada um no seu arraial, e cada um junto ao seu estandarte, segundo os seus exércitos.
53 Mas os levitas acampar-se-ão ao redor do tabernáculo do testemunho, para que não suceda acender-se ira contra a congregação dos filhos de Israel; pelo que os levitas terão o cuidado da guarda do tabernáculo do testemunho.
54 Assim fizeram os filhos de Israel; conforme tudo o que o Senhor ordenara a Moisés, assim o fizeram.

Nessa passagem vemos o sacerdócio levítico, os descendentes de Levi, que então seriam os responsáveis pela manutenção do templo, como os sacerdotes também eram levitas, assim como os músicos, e responsáveis por todo o trabalho relacionado ao templo. Não como nos dias de hoje muitos se auto-denominam levitas por tocarem um instrumento. Os levitas trabalhavam muito, trabalhos como limpar todo o sangue do sacrifício diário sobre o altar. Trabalhos quem vão muito além dos dizimistas que conhecemos em nossos dias. Hoje alguem que toca algum instrumento se torna automaticamente levita (será que possuimos tantas pessoas descendentes de Levis, com sangue judeu nas denominações?).


Os levitas como vemos, diferentemente das demais tribos de Israel, eles não receberam como herança sua porção de terra para ali viverem, sua herança era viver para os trabalhos no templo. Pos isso, para que eles não ficassem desprovidos, então foi instituído que toda comunidade de todas as tribos, trouxessem os dízimos de tudo que fosse plantado e colhido. Para o sustento dos levitas, e para a assistência aos órfãos, viúvas e peregrinos, já que o povo de Israel foi peregrino por muitos anos.


"FALOU mais o SENHOR a Moisés, dizendo (entre outras coisas): Também todas as dízimas do campo, da semente do campo, do fruto das árvores, são do SENHOR; santas são ao SENHOR. Porém, se alguém das suas dízimas resgatar alguma coisa, acrescentará a sua quinta parte sobre ela. No tocante a todas as dízimas do gado e do rebanho, tudo o que passar debaixo da vara, o dízimo será santo ao SENHOR. Não se investigará entre o bom e o mau, nem o trocará; mas, se de alguma maneira o trocar, tanto um como o outro será santo; não serão resgatados. O SENHOR ordenou a Moisés, para os filhos de Israel, no monte Sinai." Levítico 27:1 e Levítico 27:30/34 .


A legalidade, instituição e maneira de entregar os dízimos na era levítica começa então a existir. Esta é uma típica lei “mosaica” com as instruções de Deus muito bem definidas, e não entraremos nos seus pormenores. Estes são os mandamentos que o Senhor ordenou a Moisés, (o responsável pelo seu cumprimento), para os filhos de Israel, (para quem era direcionada a lei), no monte Sinai (lugar da aplicação dessa lei).


"E, perante o SENHOR teu Deus, no lugar que escolher para ali fazer habitar o seu nome, comerás os dízimos do teu grão, do teu mosto e do teu azeite, e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas, para que aprendas a temer ao SENHOR teu Deus todos os dias. E quando o caminho te for tão comprido que os não possas levar, por estar longe de ti o lugar que escolher o SENHOR teu Deus para ali pôr o seu nome, quando o SENHOR teu Deus te tiver abençoado; Então vende-os, e ata o dinheiro na tua mão, e vai ao lugar que escolher o SENHOR teu Deus; E aquele dinheiro, darás por tudo o que deseja a tua alma, por vacas, e por ovelhas, e por vinho, e por bebida forte, e por tudo o que te pedir a tua alma; come-o ali perante o SENHOR teu Deus, e alegra-te, tu e a tua casa; Porém não desampararás o levita que está dentro das tuas portas; pois não tem parte nem herança Ao fim de três anos tirarás todos os dízimos da tua colheita no mesmo ano, e os recolherás dentro das tuas portas contigo. Então virá o levita (pois nem parte, nem herança tem contigo), e o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, que estão dentro das tuas portas, e comerão, e fartar-se-ão; para que o SENHOR teu Deus te abençoe em toda a obra que as tuas mãos fizerem". Deuteronômio 14:23/29. Podemos notar aqui que o dizimo nunca foi entregue em forma de dinheiro, mas sim de produtos, (para que nao faltasse MANTIMENTO) conforme a instrução, se o lugar que deveriam entregar os dízimos estivesse distante, pela dificuldade de transportar esses mantimentos já que na época não tinham meios de transporte que temos hoje, que então vendessem, e no lugar determinado com esse dinheiro, transformasse então novamente esse dinheiro em produtos.


O dízimo era comido pelo dizimista, num determinado lugar (no campo) em que Deus designava para “lembrar o Seu nome” (em festas de agradecimentos pela colheita). Comiam: grãos, mosto (bebida alcoólica), azeite, vacas e ovelhas (primogênitas) “o lugar que escolher o Senhor teu Deus” não tinha um lugar específico, definido perpetuamente, poderia ser em qualquer lugar onde se realizasse uma festa por exemplo em uma das 11 tribos de Israel.


Assim, quando o lugar da festa (designado por Deus), era longe, podiam vender seus dízimos (alimentos) e com aquele dinheiro, comprar qualquer coisa de comer, até bebida forte! E certamente faziam grandes festas familiares em louvor a Deus pelas suas colheitas. Além dos familiares, eram beneficiados dos dízimos: os levitas, os estrangeiros, os órfãos e as viúvas. Todos participavam das festas dos dízimos para comemorarem suas colheitas. Nessa passagem podemos entender o objetivo pelo qual Deus instituiu o dízimo.


A cada três anos, levavam os dízimos, e era aquela festa! Sem se esquecerem das pessoas menos privilegiadas. Essa prática do dízimo, com as instruções de Deus no Monte Sinai, é bastante diferente da que se aplica hoje! (e como!). Toda lei deveria ser obedecida, observando a sua redação, senão não teria validade alguma. Não cumpriria o seu verdadeiro “espírito”, ou intenção de quem a redigiu (ditou). Deus estava provendo as pessoas menos favorecidas. Ninguém deveria passar necessidade em Canaã!

2.2)- Instituição dos sacerdotes levitas e sua subsistência (dízimos)

A instituição do sacerdócio levita surgiu da conversa de Deus com Arão, e está em
Números 18:2/3. "Também farás chegar contigo a teus irmãos, a tribo de Levi, a tribo de teu pai, para que se ajuntem a ti, e te sirvam, quando tu e teus filhos contigo estiverdes perante a tenda do testemunho. Farão o serviço que lhes é devido para contigo e para com a tenda; porém não se aproximarão dos utensílios do santuário, nem do altar, para que não morram, nem eles, nem vós". Os levitas eram uma espécie de auxiliares de Arão e seus filhos, ou seja, dos sacerdotes. Não participavam dos serviços sacerdotais propriamente dito: homilia, sacrifícios, sacramentos e rituais. Os outros serviços considerados auxiliares, como esquartejar animais etc., faziam de tudo. Nessa não existia o Templo, planejado posteriormente por Salomão e concluído por Davi, daí o época, Templo de Salomão, porém nesse período somente a tenda da congregação que era uma armação portátil, desmontável e removível, o que certamente dava muito trabalho.


Deus criara uma ocupação contínua para Arão, seus filhos e os rapazes da tribo de Levi, veja um exemplo: "E o rei e todo o povo ofereciam sacrifícios perante o SENHOR. E o rei Salomão ofereceu sacrifícios de bois, vinte e dois mil, e de ovelhas, cento e vinte mil, e o rei e todo o povo consagraram a casa de Deus". II Crônicas 7:4/5. Que ocupação! Mas ainda não instruíra os sacerdotes sobre os seus meios de subsistência. Em Números 18:8, fica resolvido esse problema, mas somente para Arão e seus filhos (e respectivas famílias), Disse mais o Senhor a Arão: Eis que eu te dei o que foi separado das minhas ofertas, com todas as coisas consagradas dos filhos de Israel; dei-as por direito perpétuo como porção a ti e a teus filhos. Esse “o que foi separado”; era a porção de dez por cento das ofertas deixadas pelo povo, separadas pelos levitas; tirada do que havia de melhor. Toda oferta consagrada “não dada ao fogo”, Arão e seus filhos, com suas respectivas famílias poderiam comer. Era o dízimo dos dízimos. Aqui vemos os sacerdotes e respectivas famílias, comendo da melhor comida. Seria uma discriminação absurda em nossa época!


Em Números 18:21, Deus trata do pagamento dos Levitas e resolve os seus problemas de subsistência. Nesta “cláusula”, fica estabelecida a lei mais recente dos dízimos: "Esse é o pagamento salarial dos serviços auxiliares". Podiam comer as ofertas em quaisquer lugares, desde que separassem dez por cento das melhores comidas para os sacerdotes; o dízimo dos dízimos. "Assim também oferecereis ao SENHOR uma oferta alçada de todos os vossos dízimos que receberdes dos filhos de Israel, e deles dareis a oferta alçada do SENHOR a Arão, o sacerdote. De todas as vossas dádivas oferecereis toda a oferta alçada do SENHOR; de tudo, o melhor deles; a sua santa parte". Números 18:28/29.


Aqueles rapazes ficariam ocupados continuamente nesse encargo, e não haveria tempo para trabalharem como os outros das outras tribos, para o sustento de suas famílias. Outra razão desse sustento comunitário, é que eles foram proibidos por lei, de trabalhar, não lhes foram repartidas “heranças”, partes de terra: Porquanto eu lhes disse:... No meio dos filhos de Israel, nenhuma herança terão.
Números 18: 23/24. Não precisavam trabalhar0; pelo menos em outro trabalho que nao fossem os cuidados no tempçlo. Seus sustentos eram garantidos por lei.


Houve uma evolução na lei dos dízimos. Antes, eram festas depois das colheitas, nos campos ou tendas familiares; agora, os agros-pecuaristas traziam as ofertas e as davam aos levitas (talvez nos arredores da tenda).


Em síntese, afinal, houve dois grandes sacerdócios na bíblia: "E a Jesus, o Mediador de uma nova aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel". Hebreus 12:24 . O sacerdócio de Levi representava o sangue da aspersão e o sacerdócio de Cristo, mediador da nova aliança, do sangue derramado na cruz.


3- O dizimo em Malaquias
Malaquias foi um profeta para a tribo de Judá em um período deplorável, depois do avivamento de Neemias, cem anos após o retorno dos judeus à Palestina, vindos do cativeiro babilônico. O povo, juntamente com os sacerdotes, estava afastado de Deus, partindo para uma apostasia completa e total. Por isso Malaquias foi levantado por Deus para cumprir esta grande responsabilidade, vivendo realmente o significado de seu nome: “Malaquias, Meu Mensageiro” por volta do ano de 425 AC. A voz de Malaquias é de reavivamento para aqueles dias. Malaquias evocava a lei que Deus havia dado àquele povo, para a sua harmonia.
3.2) Quais eram as apostasias?
Falta de amor, desprezo e profanação pelo nome de Deus, aborrecimentos a Deus, distanciamento de Deus, roubo a Deus, falando contra Deus, murmurações, violação flagrante da Lei de Deus, abandono da legítima esposa sem motivo, casamento com mulheres estrangeiras, feitiçaria, adultério, perjúrio, opressão e fraude.


Malaquias estava interessado principalmente no Templo e no sacerdócio; porque ali estava o foco da vida política e religiosa (Teocracia), de seu povo em seu tempo. Os israelitas tinham poluído e feito comum a maioria das coisas sagradas. Os sacerdotes estavam tão corrompidos, que caíram em total descrédito popular. Ninguém já os levava à sério. Faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço, era o seu lema. O bom exemplo deveria sair do Templo, de seus sacerdotes, mas eles mesmos estavam corrompendo o povo; e como resultado, o povo encolhia as suas mãos em relação aos dízimos. Estavam cada vez mais, dando menos dízimos. (já vi este filme).

Deus procurava abrir os olhos do povo para a condição deplorável em que se encontravam. Os sacerdotes agiam de forma desonesta, oferecendo sacrifícios roubados, dilacerados, animais coxos, defeituosos, sacrifícios que não agradavam a Deus. Deixavam de lado, as pessoas que deveriam ser beneficiadas com o dízimo, segundo a redação da lei. As viúvas, os pobres e os estrangeiros que deveriam ser mantidos com este dízimo estavam a passar necessidades.
Deuteronômio 14:28/29.


A primeira causa para o fracasso espiritual de Israel foi a perda do amor. A perda do amor mata o sacrifício, a abnegação e nasce o egoísmo. Perde-se o valor e o desprendimento. Aparece o desejo de levar vantagem, ter uma vida boa, fazer um pezinho de meia etc.


É interessante notarmos, que mesmo com os erros gravíssimos dos sacerdotes, Deus ainda apelava ao povo que trouxessem os dízimos à casa do tesouro. Porquê?


1 - O Senhor desejava levar a Nação de Israel e os sacerdotes, ao arrependimento e a uma mudança de vida.
2 - Nosso Senhor sabia que Israel sem líderes religiosos, sem homens que o levassem a um relacionamento íntimo com Deus, com toda a certeza, deixariam os caminhos do Senhor, deixariam a verdade, abandonariam Jeová. Isto significaria apostasia total de Israel.
3 - Para que o objetivo pelo qual foi instituído o dizimo fosse cumprido, saciando as necessidades dos que precisavam, órfãos, viúvas e peregrinos. Quanto aos levitas, os mesmos estavam roubando dos dízimos entregues para si, como veremos a seguir.
Vamos ler Malaquias 3: 8 ao 10, texto muito conhecido.


"8 Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas alçadas.
9 Vós sois amaldiçoados com a maldição; porque a mim me roubais, sim, vós, esta nação toda.
10 Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós tal bênção, que dela vos advenha a maior abastança".


P
ara compreendermos essa passagem é preciso entender com quais pessoas Malaquias estava falando. Não somente pegar uma parte sem contexto e interpreta-la como assim quiser. Então vamos lá, ao capítulo 1 vers. 6: "O filho honra o pai, e o servo ao seu amo; se eu, pois, sou pai, onde está a minha honra? E se eu sou amo, onde está o temor de mim? Diz o Senhor dos exércitos a vós, ó sacerdotes, que desprezais o meu nome. E vós dizeis: Em que temos nós desprezado o teu nome"?
Também no capitulo 2: 1 e 2: "
Agora, ó sacerdotes, este mandamento e para vós. Se não ouvirdes, e se não propuserdes no vosso coração dar honra ao meu nome, diz o Senhor dos exércitos, enviarei a maldição contra vós, e amaldiçoarei as vossas bênçãos, e já as tenho amaldiçoado, porque não aplicais a isso o vosso coração".
Gostaria que você lesse todo o livro de Malaquias, até porque é um livro pequeno composto de apenas 3 capítulos, e poderá ver que desde o inicio ao final, o profeta fala diretamente aos sacerdotes.

Agora vamos então ao capitulo 3 que é muito citado e tão conhecido. No versículo 8 diz que o homem esta roubando de Deus, nos dízimos e nas ofertas. Agora convido você a pensar comigo. Já sabemos que Malaquias estava falando aos sacerdotes. Agora alguém está roubando a Deus. Os dízimos sabemos que era uma ordenança, porém as ofertas, voluntárias. Quem então na verdade estava então roubando de Deus nessas ofertas, não era o povo, pois não se pode roubar algo que é voluntário. Se alguém estava roubando, estava roubando dízimos e ofertas já entregues. No caso, claramente, os sacerdotes. Como sabemos, os dízimos foi instituído para que “houvesse mantimento”, mantimento esse para suprir os levitas, as viúvas, os órfãos, os estrangeiros, e para as festas. Porém não estava acontecendo isso, os sacerdotes estavam roubando para si esses dízimos e ofertas. Hoje quando lêem essa passagem, amedrontam as pessoas com o argumento de que se elas não dizimarem, estarão roubando a Deus.


3.3)- Falso Malaquias fala hoje, como Malaquias


"Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes".


Quem não conhece este versículo do Antigo Testamento? Quantas vezes ele foi usado para persuadi-lo a dar os dízimos, com estas mesmas promessas de abertura das janelas dos céus, dito por algum pastor ou pessoa indicada pela igreja, antes de cada sermão? Quando está precisando de mais dinheiro para construção, reforma do templo ou reajuste do salário do pastor, ou outras despesas, a pressão aumenta e o povo é persuadido a voltar a dar o seu “dízimo”. O que houve depois da doação dos dízimos? E a “maior abastança”, por que nunca vem? Pelo principio e objetivo pelo qual Deus o instituiu como prover alimentação aos necessitados, esse "mantimento" entregue à casa do tesouro (local para armazenamento de alimentos no templo judeu), tem sido repartido entre os necessitados? E as janelas dos céus, por que nunca se abrem? Será por quê? Será que você falhou nesse “negócio” com a igreja? Por que Deus não ouve esses pastores que o garantem a você? Por que Deus não está nesse negócio? Já era para você estar rico! Mas rico, estão somente os negócios dos mega templos ! Por que?

A voz do falso Malaquias é mais ou menos assim: Vocês conhecem o irmão fulano? Quando ele passou a ser fiel nos dízimos, tudo passou a dar certo para ele. Agora está rico; com três carros importados na garagem, sua casa é uma mansão, sua empresa está de vento em popa, tem fazenda, seus filhos estudam em escolas particulares, viajam para o exterior, a conta bancária está cheia etc. etc. etc. Quem quiser ficar rico como o irmão fulano, tem que ser dizimista! Tragam os dízimos à casa do tesouro e Deus vai abrir as janelas dos céus e derramar dinheiro sob a cabeça de vocês.


Por que Deus só “abençoa” uma pequena porção de seus filhos dizimistas? E a grande maioria que está a comer na tábua de pirulito? Quantos irmãos inocentes andam quilômetros, porque o dinheiro da passagem “tem que ser” dizimado, ou o dizimo que foi entregue por outros para que houvesse mantimento, não é distribuído, mas sim empregado na estrutura da religião! Pastores tem propriedades particulares sem fim, e muitos irmãos não possuem casa própria, pior ... muitas vezes passam por dificuldades na alimentação, medicação, onde está então essa distribuição, se formos então fazer com que o dizimo seja utilizado no fim para o qual foi estabelecido ?


"Porque eu sei isto que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão ao rebanho"; Atos 20:29. Quantas pessoas inocentes e ignorantes estão sendo enganadas por esses falsos pastores! Esses pobrezinhos estão passando por grandes privações; deixando até de alimentar os seus filhos para engordar as contas bancárias milionárias destas mega-denominações multinacionais; enchendo suas malas de milhões e milhões de dinheiro; compram avião à jato, de mais de duzentos milhões de dólares; prometendo bênçãos vindas dos céus.

4)- Dízimos no evangelho de Cristo


"Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas". Mateus 23:23.


"Mas ai de vós, fariseus, que dizimais a hortelã, e a arruda, e toda a hortaliça, e desprezais o juízo e o amor de Deus. Importava fazer estas coisas, e não deixar as outras". Lucas 11:42.


Jesus, no primeiro versículo, fala aos escribas e fariseus que dizimavam a hortelã, o endro e o cominho, ou seja, nas plantações dizimavam até as hortaliças, temperos, depois os repreende por desprezar o mais importante da (velha) lei: juízo, misericórdia e fé. Já no segundo versículo, aconselha os fariseus a “não deixar as outras” (coisas), ou seja: dizimar a hortelã, a arruda e toda a hortaliça, depois de censurá-los por desprezarem o mais importante: o juízo e o amor de Deus que estavam na velha Lei.


À primeira vista, parece que Jesus homologa a velha lei dos dízimos! Mas a velha constituição ainda estava em vigor! Jesus nunca poderia proibir uma lei que estava em vigor. Os acontecimentos do evangelhos e a vida de Cristo estavam ainda no Velho Testamento. No livro de Hebreus veremos a seguir, sobre o testamento de Cristo, e a troca do sacerdócio, onde ele toma o sacerdócio para sí. Que um testamento só tem valor a partir da morte de quem o testou, e com a morte de Cristo, um novo Testamento passou a ter vigor.


Existem duas formas de vermos o Novo Testamento: se considerarmos os livros que o compõem, o NT vai de Mateus a Apocalipse. Mas se considerarmos o Novo Testamento como a nova aliança, o novo pacto de Deus, o mesmo só aconteceu depois do sangue derramado na cruz: "Pois onde há testamento, necessário é que intervenha a morte do testador. Porque um testamento não tem força senão pela morte, visto que nunca tem valor enquanto o testador vive. Pelo que nem o primeiro pacto foi consagrado sem sangue".
Hebreus 9:16/18:
5)- Dízimos no sacerdócio de Cristo


Neste tópico, teremos de considerar o Novo Testamento, como sendo tão somente a partir da morte de Cristo, fato crucial para o começo do Novo (segundo) Testamento e o fim do primeiro (Velho) Testamento. Assim sendo, podemos dizer que Jesus não viveu (em carne), no Novo Testamento. Os dízimos, juntamente com toda a velha Lei e seu sacerdócio, morrem com Cristo, encerrando de vez, com o velho pacto, (o “tudo está consumado”).


A partir da morte de Cristo, não se vê mais em lugar nenhum na bíblia, a prática de dízimos. O apóstolo Paulo e os outros escritores nunca cristãos, em nenhuma de suas cartas, mencionaram esta prática muito conhecida por eles entre os judeus. Certamente que não deixariam de mencioná-la por falta de oportunidades, se reconhecessem que se fosse assim necessário, muito pelo contrário, teriam assim exortado para que se fizessem. Paulo recolheu ofertas para os pobres de Jerusalém, em reconhecimento às preocupações do Mestre para com os necessitados; mas isso é outra história. Estamos falando somente da lei dos dízimos.
5.1)- O Livro aos Hebreus


A partir do livro dos Atos dos Apóstolos, assim que Jesus morre, ressuscita e sobe aos céus, ainda temos menções dos dízimos, principalmente em Hebreus, que foi escrito mais ou menos entre as décadas de 60 e 90 DC.
5.2)-
Hebreus 7:1/28


Pegaremos somente nos versículos: 5,11,12,13,15,18,19,22e 28 deste capítulo, + leia-o todo.
5.3)- Hebreus 7:5


"E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio, têm ordem, segundo a lei, de tomar os dízimos do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que estes também tenham saído dos lombos de Abraão".

Algumas pessoas da tribo de Levi (levitas), legalmente, tinham o direito de “tomar” os dízimos do povo. Essa ordem se estendia somente ao povo judeu (seus irmãos). Quem tinha ordem segundo a lei, de tomar os dízimos? Os levitas. Quem devia dar os dízimos? Os judeus, seus irmãos.


5.4)- Hebreus 7:11


"De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico (pois sob este o povo recebeu a lei), que necessidade havia ainda de que outro sacerdote (Cristo) se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque, (ordem dos jebuseus?) e que não fosse contado segundo a ordem de Arão?
Se a perfeição tivesse sido atingida pelo sacerdócio de Arão (designado para a aplicação da lei para os judeus), não haveria necessidade de que o sacerdócio de Cristo fosse levantado. O sacerdócio arônico recebeu a lei para fazê-la cumprir, mas não conseguiu nenhuma perfeição para os “seus irmãos”, com a mesma. Por isso mesmo, houve necessidade de que se levantasse outro sacerdócio de uma outra ordem bem diferente. (dos jebuseus?).
Arão não era um modelo completo para que se fixasse em seu nome, uma ordem sacerdotal exemplar: E Arão lhes disse: Arrancai os pendentes de ouro, que estão nas orelhas de vossas mulheres, e de vossos filhos, e de vossas filhas, e trazei-mos. Então todo o povo arrancou os pendentes de ouro, que estavam nas suas orelhas, e os trouxeram a Arão. E ele os tomou das suas mãos, e trabalhou o ouro com um buril, e fez dele um bezerro de fundição. Então disseram: Este é teu deus, ó Israel, que te tirou da terra do Egito... Assim tornou-se Moisés ao SENHOR, e disse: Ora, este povo cometeu grande pecado fazendo para si deuses de ouro... e caíram do povo aquele dia uns três mil homens... Assim feriu o SENHOR o povo, por ter sido feito o bezerro que Arão tinha formado".
Êxodo 32:1/35. "Já Melquisedeque, segundo tudo indica, era uma pessoa exemplar e irrepreensível. Seu sacerdócio não foi instituído segundo lei carnal, mas baseado no modelo de sua própria pessoa; ao contrário de Arão".


"Se o sacerdócio levítico tivesse alcançado a perfeição, Cristo viria? Não, porque não haveria necessidade. Quem foi encarregado de fazer cumprir a lei? O sacerdócio levita. Quem era alcançado por essa lei? Os judeus. Por que esse sacerdócio caiu? Porque não deu conta de trazer a perfeição para os judeus. Vós, que recebestes a lei por ordenação dos anjos, e não a guardastes". Atos 7:53.


5.5)- Hebreus 7:12


Pois, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei. Para mim, esse versículo é um divisor de águas! Quem o lê de maneira isenta, não terá nenhuma dificuldade em viver e aceitar somente o sacerdócio de Cristo.
Dizendo Nova aliança, envelheceu a primeira. Ora, o que foi tornado velho, e se envelhece, perto está de acabar.
Hebreus 8:13.
O sacerdócio Arônico caiu. Houve mudança (troca) de sacerdócio. Cada sacerdócio traz a sua própria lei. Um sacerdócio não emprega lei de outro sacerdócio.
Por que houve a mudança da lei? Porque se mudou o sacerdócio.

5.6)- Hebreus 7:13
Porque aquele, (Cristo) de quem estas coisas se dizem, pertence a outra tribo, da qual ninguém ainda serviu ao altar, (tribo de Judá).
O sacerdócio de Cristo entrou no lugar do sacerdócio de Arão (levitas), que o marcou com excessos de legalismos, liturgias, sacrifícios e muita “religiosidade”. Era uma tribo destinada aos serviços religiosos e seu regime era puramente sacramental; litúrgico, dogmático, sacrificial, eclesiástico etc. a mesma ladainha todos os dias. Toda a transgressão era resolvida com sacrifícios feitos no tabernáculo, mas havia casos em que se aplicava a pena de morte; reflexos de uma cultura que pouco valorizava a vida humana. Os freqüentes rituais da velha lei eram cumpridos pelos sacerdotes levíticos. Disse o Senhor a Arão: Tu e teus filhos, e a casa de teu pai contigo, levareis sobre vós a iniqüidade relativamente ao santuário; tu e teus filhos contigo levareis sobre vós a iniqüidade relativamente ao vosso sacerdócio.
Números 18:1.
Já o sacerdócio de Cristo, é marcado pela consciência pessoal: Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade.
II Coríntios 4:2.
Cristo veio para o perdido: Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido
Lucas 19:10, dando-lhe créditos de confianças em si mesmo: Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece Filipenses 4:13. Agora Deus não está no Templo de Jerusalém, covil de ladrões, E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; mas vós a tendes convertido em covil de ladrões. Mateus 21/13.




O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens.
Atos 17:24; mas habita em seu íntimo, no coração e mente. Nem dirão: Ei-lo aqui, ou: Ei-lo ali; porque eis que o reino de Deus está entre vós Lucas 17:21.
Jesus não tinha vocação para sacramentos e simbolismos religiosos. Era um homem que se misturava às multidões.
Por que Jesus veio de uma tribo totalmente diferente da dos levitas, sem nenhuma vocação religiosa? Justamente para instituir um sacerdócio bem diferente do deles, que não deu certo.

5.7)- Hebreus 7:15
E ainda muito mais manifesto é isto, se à semelhança de Melquisedeque se levanta outro sacerdote.
De Melquisedeque não se sabia nada sobre sua origem humana. Se fosse judeu, certamente seria contada a sua genealogia. Sabemos que era rei e sumo sacerdote do Deus altíssimo, da região dos jebuseus. Cristo, que era dessa ordem; era além do mais, eterno. Isso é o mais importa para nós: Não temos um sacerdote humano; mortal e imperfeito, seja lá de que descendência for. Nosso sacerdote está nos céus com o seu tabernáculo que é eterno. O sacerdócio de Cristo, tal como o de Melquisedeque, se baseia em sua própria imagem pessoal, não tendo origem em leis carnais.

5.8)- Hebreus 7:18
Pois, com efeito, o mandamento anterior (a constituição do sacerdócio de Arão, levítico), é ab-rogado (termo jurídico que se emprega à lei que foi anulada por completo), por causa da sua fraqueza e inutilidade.
O escritor não poupa palavras para emitir o seu conceito sobre a velha lei. O mandamento anterior é a constituição que foi anulada. Ab-rogar, juridicamente, quer dizer: anular uma lei por completo. Não se aproveita nada do que foi legalmente “ab-rogado”.
Por que o mandamento anterior foi ab-rogado? Porque era inútil, fraco e não se prestava. Não atendia mais à utilidade a que foi destinado. Havia chegado a hora da mudança total.


5.9)- Hebreus 7:19


(pois a lei nenhuma coisa aperfeiçoou), e desta sorte é introduzida uma melhor esperança (o sacerdócio de Cristo), pela qual nos aproximamos de Deus.
O sacerdócio de Cristo veio para nos dar uma melhor esperança. Torno a frisar: a lei do sacerdócio dos levitas não prestava para nada e não há razão para desprezarmos o sacerdócio de Cristo (nossa única esperança) e pinçar do passado, resquício de trapos. Se quisermos nos aproximar de Deus, não será por nenhuma lei testamentária. E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo.
II Coríntios 12:9.

5.10)- Hebreus 7:22


De tanto melhor pacto Jesus foi feito fiador.
O evangelho de Cristo é muito melhor! Quem nos garante é Ele. Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo.
Gálatas 6:2. Para os que estão sem lei, como se estivesse sem lei (não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para ganhar os que estão sem lei. I Coríntios 9:21.


O novo pacto, do sangue derramado (Porque isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados Mateus 26:28), foi a libertação de tudo que se referia à suntuosidade e glória do Templo e de seus eclesiásticos sacerdotes. Deus já não estaria no Templo, mas no íntimo de cada pessoa: Já não haveria sacerdotes no Templo, porque já não haveria mais Templo, nem pedra sobre pedra dele. Sacerdotes e templos somos todos nós: Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? I Coríntios 6:19. Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; I Pedro 2:9.


Já não haveria mais lugar certo de adoração; nenhum lugar certo ou marcado já não era importante para se adorar. Já não se precisava de grandes ajuntamentos (peregrinações) de pessoas. Em quarto de dormir e nosso próprio corpo, passaram a ser o templo de Deus, o lugar onde Ele habita. O monte Gerizim e o Templo, não tinham mais importância: Disse-lhe Jesus: Mulher crê-me que a hora vem, em que nem neste monte (de Gerizim) nem em Jerusalém (no Templo) adorareis o Pai. Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade. João 4:21/24. Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto, e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente. Mateus 6:6. Outro exemplo que temos visto nos dias de hoje, os evengélicos usando o chofar (um berrante feito de chifre de carneito), esse instrumento era tocado pelos judeus para convocar o povo para o culto a Deus. Hoje tem frequentemente se utilizado do chofar como se fosse um instrumento santo. Houve a pouco um cantor gospel que na gravação do seu DVD ao vivo, na hora viram que esqueceram o chofar, a gravação não começou sem que chegasse o instrumento, bem provável que não acontecesse se não chegasse. Hoje não existem mais instrumentos santos, mas sim santos que tocam instrumentos.


Com o sacrifício de Cristo, já não haveria mais ritualismos, sacrifícios de profissionais religiosos, raça de víboras, mercadores do Templo, covis de ladrões, homens privilegiados nos serviços religiosos. Caiu o deus do dinheiro; do ego, dos centralizadores de poder, dos falsos humildes, falsos santos exploradores de órfãos e viúvas. Deuses de títulos eclesiásticos; da hipocrisia, do religiosismo, da intolerância, do fanatismo. O deus do “toma-lá-dá-cá”.
Por que toda essa mudança? Porque Jesus era da ordem de Melquisedeque, de Jebus, terra de cegos e mendigos, da linhagem da tribo de Judá, tribo de pessoas humildes e trabalhadoras. Jesus era povão, dos pobres, oprimidos, perdidos e pecadores. Era dos cegos, mendigos e doentes. Jesus era da rua, onde o povo estava. Era dos ricos que não se sentiam bem, ricos. Era dos ladrões que não se sentiam bem, ladrões. Das prostitutas que não se sentiam bem, prostitutas. Era poeira, suor e cansaço das estradas. Era lágrima do amor e amor da lágrima. Eis a grande notícia dada a João Batista: Os cegos vêem, e os coxos andam; os leprosos são limpos, e os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o evangelho.
Mateus 11:5. Este é o evangelho do filho do carpinteiro, de Jesus de Nazaré, o filho de Deus.
5.11)- Hebreus 7:28


Porque a lei constitui sumo sacerdotes a homens (sacerdotes levitas), que têm fraquezas, mas a palavra do juramento, que veio depois da lei, constitui ao Filho (Cristo), para sempre aperfeiçoado.


A velha Lei não fundamentou o seu sacerdócio em cima de uma pessoa aperfeiçoada (Arão). Nomeou a sua ordem sobre aquele que melhor se poderia ter no momento; mas o sacerdócio de Cristo foi fundamentado sobre a palavra do juramento depois de instituída a Lei; mas na onisciência de Deus, antes da fundação do mundo. Cristo sempre obteve a perfeição de que a lei almejava, tanto que a cumpriu integralmente.

6)- A velha ordenança e a Lei de Cristo - Considerações
Apesar das redundâncias deste escritor, ainda há pessoas que teimam em “repristinar” (termo jurídico designado para aproveitar lei que foi revogada) os mandamentos dirigidos aos israelitas e tomar para si, lei que nada lhe diz respeito.


Se, sou brasileiro e tenho a Constituição portuguesa às mãos, sem ter quaisquer relações com aquele país, não preciso me preocupar em viver de acordo com aquela Constituição. Posso, no máximo, fazer pesquisas para efeito de conhecimentos. Tenho que obedecer à Constituição de meu país. Não preciso me adequar a uma Constituição que não foi feita para mim, num lugar onde não vivo; seria perda de tempo. Preocupo-me somente com a lei de Cristo, essa, sim, foi dirigida a mim.


Se, estou no trânsito a conduzir meu carro por qualquer rua do Brasil, e cometo uma infração; o guarda de trânsito não pode me punir com uma lei de trânsito da Inglaterra. Ainda mais se essa lei já tenha sido ab-rogada há muito tempo!


Mesmo para os judeus atuais, a velha lei foi revogada há muito tempo, pois já não atendia mais às funções para que foi criada. Tudo por causa de seus sacerdotes que eram fracos. Era lei para ser executada por pessoas que se corromperam ao longo do tempo. Raça de víboras, como podeis vós dizer boas coisas, sendo maus? Pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca. Mateus 12:34. E, vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus, que vinham ao seu batismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura? Mateus 3:7.


Em qualquer Constituição, toda e qualquer lei deve ser executada pelas autoridades nela especificadas. Isso se chama competência de autoridade ou sujeito ativo de direito. Também, deve prever as pessoas alcançadas pela tal lei; sujeito passivo de direito. No caso dos dízimos, não foge a essa regra: E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio, têm ordem, segundo a lei, de tomar os dízimos do povo, isto é, de seus irmãos. Hebreus 7:5


Ainda que alguém do Brasil resolva dar dez por cento de “qualquer coisa de valor material”, não seria dízimo, pois este já não existe e teria que ser da produção agropecuária, ou então que com dinheiro comprasse alimentos para entregar. E se existisse esse alguém, teria de ser judeu, porque somente os judeus tinham esse dever. Ainda, se a lei estivesse em vigor e algum judeu resolvesse cumpri-la hoje, com os seus “dízimos”, teria de achar um levita para tomá-los, mas estes já não existem, se perderam no tempo, pois nem o templo existe mais, pois o templo era um só, não havia dois templos. Inclusive, sob as ruínas do antigo templo de Salomão está hoje construída a grande mesquita muçulmana.

Se quiserem cumprir a lei, que então a cumpra na sua totalidade, inclusive circuncidando-se, e tantas outras leis, porém Jesus disse: Nenhum de vós cumpris a lei, nenhum de vós a cumpre !
Ainda que a velha lei estivesse em vigor em Israel, outros povos que não os judeus, não teriam a obrigação de cumpri-la, dentro e fora daquele Estado. Foi feita para aquele povo específico, para o atender em um determinado tempo, num determinado lugar. No Direito, isso se chama eficácia da lei no tempo e no espaço.


Quando houve o derramamento do sangue de Cristo na cruz, na sua morte, o véu foi rasgado: E Jesus, clamando outra vez com grande voz, rendeu o espírito E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras Mateus 27:50/51. Esse “rasgue” do véu tem um grande significado: o lugar santíssimo de dentro do Templo foi escancarado; abriu-se uma cortina mundial. Acabou-se a função do Templo e com este, foi-se a profissão sacerdotal. A velha lei foi cumprida por Cristo no lugar daqueles sacerdotes. Sem lei não há Templo, sem Templo não há lei, nem sacerdotes. O sangue derramado estabeleceu o Novo Testamento de Cristo. E disse-lhes: Isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que por muitos é derramado Marcos 14:24. O novo testamento de Cristo é para o mundo inteiro: Porque Deus amou o mundo (humanidade) de tal maneira.... João 3:16

7)- Dízimos hoje? Pra quê?


A lei do dízimo está empacotada na velha constituição. Se a lei do mandamento anterior foi “ab-vogada”, e Cristo e os apóstolos não a “repristinaram”, ninguém deve argumentar sobre a sua validade em separado. Toda a lei da velha constituição foi “ab-rogada” pelo seu cumprimento total em Cristo; estão em pé de igualdade uma com as outras; valem a mesma coisa, isto é: nada.
Por que se fala tanto em dízimo neste capítulo 7 de Hebreus, que trata desses dois sacerdócios distintos? Porque é um termo da velha lei que mais caracterizava aquele sacerdócio. O dízimo existia, por sua causa, para a sua sustentação e subsistência. Ao levita, não lhe era permitido ter fontes de renda, não lhe deram esse “Direito”. Não trabalhava como os das outras tribos e eram sustentados por elas, através de sua única fonte de subsistência (não fonte de renda) própria: os dízimos.


O livro aos Hebreus é suficiente para dirimir quaisquer dúvidas que possam existir, quanto à obrigatoriedade de cumprir e permissividade de exigir qualquer lei da velha ordenança dentro do sacerdócio atual, que é o de Cristo. Muitas vezes tropecei nesse capítulo, sob outras orientações! O verso 12 é de importância crucial: Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei Hebreus 7:12.


7.1)- Templos, denominações precisam de dinheiro, não de dízimos (mantimento)
Assim pensam, que para o crescimento da “igreja” que não é a eklesia, necessita de dinheiro para que o evangelho seja propagado, quando isso é mentira, quem convence o homem do pecado é o Espírito Santo.
A única “razão” da existência do dízimo é somente para a sua necessidade financeira (já que o dízimo atual vem em forma de dinheiro, diferentemente da redação da velha lei). Não o aboliram, porque sem ele, não sobreviveriam, ou pelo menos pensam assim. Alguns pastores, pasmem, sabem que não têm autoridade para cobrá-los, e mesmo assim, cobram, configurando no maior estelionato do mundo!
Outro dia, perguntei a um pastor, por que ainda cobrava os dízimos? Ao que ele me disse: Porque sem eles, a obra não subsiste. Temos muitas despesas com salários dos pastores, missionários etc. Não argumentou nada sobre a validade ou não dos dízimos nos dias atuais e base bíblica para isso. O pensamento dele é o da maioria: não importa de onde vem o dinheiro; precisamos dele. O fim justifica os meios. O mais assustador é que têm a consciência tranqüila (cauterizada). Isso não os perturba nem lhes tira o sono.

7.2)- Os lobos


Porque eu sei isto que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão ao rebanho Atos 20:29. Quantas pessoas inocentes e ignorantes estão sendo enganadas por esses falsos pastores! Famílias inteiras estão passando por grandes privações para seguirem os seus dogmas fundamentalistas de indulgências e inquisições; deixando até de alimentar os seus filhos para engordar as contas bancárias milionárias destas mega-igrejas multinacionais; enchendo suas malas de milhões e milhões de dinheiro.
Fazer analogias e semelhanças entre o sacerdócio levita e os “sacerdócios” de vários títulos religiosos de hoje, fica ainda mais complicado para eles!
8)- Conclusão:
A pergunta agora é: o que vou fazer com meu desejo de contribuir ?
Mateus 25:35 ao 40:
35 porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me acolhestes;
36 estava nu, e me vestistes; adoeci, e me visitastes; estava na prisão e fostes ver-me.
37 Então os justos lhe perguntarão: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber?
38 Quando te vimos forasteiro, e te acolhemos? ou nu, e te vestimos?
39 Quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos visitar-te?
40 E responder-lhes-á o Rei: Em verdade vos digo que, sempre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a mim o fizestes.
Quer fazer algo pra Jesus, existem milhões de oportunidades para você fazer isso, representadas em cada vida humana na Terra.
Atos 2:44 e 45:
44 Todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em comum.
45 E vendiam suas propriedades e bens e os repartiam por todos, segundo a necessidade de cada um.

Aqui vemos o modelo de como ofertavam os cristãos, não mais sob o modelo imposto na lei, onde os dízimos eram entregues nas mãos dos sacerdotes para que eles distribuíssem aos necessitados, mas de todo coração, viviam uma vida em comum na comunidade dos cristãos entre si em amor, e ajudavam uns aos outros.

I Coríntios 16:1/2

1 Ora, quanto à coleta para os santos fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas da Galiléia.
2 No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder, conforme tiver prosperado, guardando-o, para que se não façam coletas quando eu chegar.

Gálatas 2:10
10 recomendando-nos somente que nos lembrássemos dos pobres; o que também procurei fazer com diligência.

Aqui vemos o Apóstolo Paulo instruindo a igreja de Corinto para separar uma coleta para os necessitados.

Muitos também entregam seus dízimos hoje não com a intenção de ajudar os necessitados, mas sim como forma de troca, barganha com Deus para receberem mais, serem ricos, alguns chamam de ser “próspero” para soar mais bonito.

RESUMO


1 - O dízimo era pago aos levitas,porque eles não receberam ,como todas as outras tribos, um lote de terra.Inclusive a "cidade dos levitas" projetada em Josué , nunca foi construída. Aos sacerdotes era permitido ter um oficio secular, mas não aos levitas, que precisavam se consagrar em tempo integral. Por isto o dízimo era dado a eles.Os levitas davam o dízimo do dizimo recebido aos sacerdotes , para manutenção do templo.
2 - Haviam outros tipos de dízimos.Mas a função geralmente era para que houvesse alimento na casa de Deus ou para ajudar viúvas e órfãos e peregrinos .O principio do dízimo era justiça e misericórdia.
3 - Malaquias : na época de Malaquias, o povo já estava revoltado por não ver o dízimo sendo distribuído segundo seu propósito inicial, os sacerdotes estavam roubando.
4 - Abraão deu o dízimo e também circuncidou-se.quem quiser usar Abraão como argumento não simbólico, deve circuncidar-se não simbolicamente também.
5 - Hoje o dizimo é pregado como se estivéssemos diante da Lei de Moisés apartada da Lei da Graça.Estão literalmente 'extorquindo" as ovelhas ao invés de empenarem a ser pessoas generosas que entendem que tudo o que elas tem vem de Deus.
6 - E, segundo a Lei do amor, que é 10%? é só isso sua gratidão? pode ser mais. Pode ser menos. Se o dízimo era para ser dado com alegria (ou seja, estando a pessoa com dificuldades, não deveria dar o dízimo como forma de adoração de um coração contrito...aos levitas! . Jesus nunca pediu ou "cobrou" dízimo porque era da Tribo de Judá, não era levita.